OPINIÃO - Esses dois vão até o final?

Por Renato Ferreira

Há poucos dias, quando o Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, esteve em Osasco, durante a coletiva e representando o Quintal da Notícia, perguntei a ele se as pesquisas eleitorais poderiam influenciar na aliança PSB/Rede Sustentabilidade a ponto da Marina Silva, que obteve 20 milhões de votos em 2010, viesse a ser a candidata à Presidência e ele vice. "Não, isso já foi decidido em encontro nacional dos dois grupos políticos e estamos muito felizes com a Marina como vice em nossa chapa para nos ajudar a mudar o Brasil", respondeu Campos.

Porém, temos a impressão que os fatos não correspondem aos discursos de ambos. Sobretudo, quando analisamos os desencontros dos dois grupos em relação às direções que cada partido tenta seguir, por exemplo, em São Paulo, com o PSB querendo apoiar o tucano Geraldo Alckmin - decisão já tomada pela Executiva estadual - e a Marina afirmando que não sobe, de jeito nenhum, em palanque do Alckmin. A Rede defende candidatura própria em São Paulo.

E para engrossar o discurso de Marina Silva, tem ainda a opinião contrária aos tucanos da deputada e ex-prefeita da Capital paulista, Luíza Erundina. E no meio de toda essa aliança de encrencas e desencontros, o Eduardo Campos tenta se equilibrar a cada solavanco.

Não tenho nada pessoal contra a Marina Silva e nem teria motivos para isso, mas, acho que a essa altura do campeonato eleitoral, se arrependimento matasse, o Eduardo Campos já estaria morto por ter se aliado à Marina Silva. Será que a sua candidatura sobreviverá  com o PSB querendo se aproximar dos tucanos, e a Rede tentando não se distanciar dos petistas? Vamos ver como isso vai ficar depois da Copa do Mundo. 

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