PF investiga desvio de R$ 19 bi na Receita Federal
Nesta quinta-feira, 26, a Polícia Federal iniciou mais uma investigação de escândalo com dinheiro público no Brasil. Ela deflagrou uma operação contra um grupo que atuava junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Esse grupo manipulava o trâmite de processos e o resultado de julgamentos, proporcionando uma economia de bilhões de reais por parte das empresas autuadas em detrimento do erário da União.
Segundo a Polícia Federal, ao todo, 180 policiais federais e 55 fiscais da Receita Federal estão cumprindo 41 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
Conforme as investigações iniciais de julgamentos suspeitos, o rombo é da ordem de R$ 19 bilhões, sendo que já foram, efetivamente, identificados prejuízos de quase R$ 6 bilhões. A operação batizada de “Zelotes” conta com a participação de membros do Ministério Público Federal, da Corregedoria do Ministério da Fazenda e da Receita Federal.
Essas investigações da PF foram iniciadas em 2013 e apontam que a organização atuava no interior do órgão em defesa de interesses privados. Os envolvidos buscam influenciar e corromper conselheiros com o objetivo de conseguir a anulação ou diminuir os valores dos autos de infrações da Receita Federal.
Ainda segundo as investigações, servidores públicos repassavam informações privilegiadas obtidas dentro do Conselho para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia em Brasília, São Paulo e outras localidades, para que estes realizassem captação de clientes e intermediassem a contratação de “facilidades” dentro do Carf. Em diversas casos, a Polícia Federal constatou tráfico de influência no convencimento de empresas devedoras ao fisco.
A PF informou também, de acordo com as investigações, que eram oferecidas manipulação do andamento de processo, “pedidos de vista”, exame de admissibilidade de recursos e ainda decisões favoráveis no resultado de julgamentos de recursos a autos de infrações tributárias, por meio da corrupção de conselheiros.
O grupo criminoso fazia uso de empresas interpostas para dissimular suas ações e o fluxo do dinheiro, que era lavado, retornava como patrimônio aparentemente lícito para estas empresas envolvidas.
Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Passiva, Corrupção Ativa, Associação Criminosa, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
Sou jornalista profissional, graduado pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).
Sou apaixonado pela profissão e, mesmo depois de 28 anos de carreira, ainda tenho o mesmo ideal dos tempos de faculdade, ou seja, o de tentar mudar a triste realidade do Brasil: um país rico com povo pobre.
Acredito que somente investindo-se na educação é que poderemos mudar esse quadro e isso só se faz com políticos sérios, honestos, competentes e inteligentes.
Considero a ética como mola propulsora de qualquer profissional, sobretudo, do jornalista.
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