Ninho tucano esvaziou-se em Osasco. Por que será?
Foi impressionante a revoada tucana em Osasco - cidade da região Oeste da Grande São Paulo - após as eleições municipais de 2004, quando o petista Emidio de Souza derrotou o tucano Celso Giglio, eterno presidente da APM (Associação Paulista de Municípios) e atual presidente do Instituto de Assistência Prevideciária do Estado de São Paulo.
O tucano, que disputava o seu segundo mandato e partia para uma terceira administração, contava com total apoio dos vereadores. Só recebia críticas dos seis vereadores petistas.
Para se ter uma idéia desse (apoio?), poucos dias antes do segundo turno, Giglio resolveu apresentar um projeto de Lei que reduzia o IPTU na cidade, além de sinalizar com algumas melhorias para o massacrado funcionalismo público municipal, quando obteve apoio de todos os vereadores da situação.
A tacada de Celso Giglio até parecia que iria ter resultado eleitoral. Com muita festa, ele foi recebido pelo então presidente da Câmara José Barbosa Coelho, na época tucano, e seguiu a pé com uma turma de vereadores até o Diretório do PSDB, onde o projeto foi detalhado.
O apoio era tão esplícito que, além do Barbosa, assinaram um manifesto de apoio mais 14 vereadores que esperavam pela vitória tucana. O documento, publicado em todos os jornais da região, foi assinado pelos seguintes vereadores: Barbosa, Jair Assaf, Cuca, Toniolo, Didi e Terezinha Gaspar (PSDB); Marcos Arruda (PHS); Gilmar Romano, Fumiu Miazaki e Délbio Teruel (PSDC), Cláudio Piteri (PT do B), Dionísio (PDT); Mário Luiz Guide (PSB) e Amando Mota (PFL). Do grupo governista, só quem não assinou o domento foi o vereador Manoel Edvan (PFL), que não se reelegeu. Dos que assinaram, não foram reeleitos Marcos Arruda, que era do PSDB e foi para o PHS no ano da eleição, e Terezinha Gaspar que não se candidatou.
Só que, como ocorre em quase todas as Casas Legislativas, fato que não pega bem perante a opinião pública, principalmente nesses tempos de mensalões e mensalinhos, bastou a vitória de Emidio de Souza para que o ninho tucano ficasse vazio. Hoje, apenas dois vereadores permanecem apoiando o ex-chefe: Jair Assaf, que continuou no ninho, e Cláudio Piteri, peemedebisa histórico, que deixou o PT do B e ingressou no PSDB.
Os demais vereadores, alegando que precisavam de independência para votar os projetos do Executivo, foram para legendas de apoio ao atual prefeito e hoje não cansam de elogiar a administração petista. É impressionanete, mas, isso é fruto de um processo político arcaico, onde o que não falta é infidelidade partidária e falta de respeito ao eleitor. Mas a verdade é uma só: o eleitorado brasileiro mudou e hoje a maioria dos eleitores sabe muito bem diferenciar um político sério de um oportunista.
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