Poletto exagera na dose de mentir
Seria cômico, se não fosse trágico, esse amontoado de besteiras proporcionado por depoentes que vão às CPIs falar sobre casos tão graves de corrupção, caixa dois, assassinatos de prefeitos, dinheiro em mala, dólar em cueca e tantas outras falcatruas que estão sendo investigadas pelo Congresso Nacional.
Está claro que muitos acusados vão ali para mentir e, muitos, até com hábeas corpus do Supremo Tribunal Federal, como garantia de que não serão presos mesmo escondendo a verdade. Mas, nesse festival de mentiras, o economista Vladimir Poleto, ex-secretário do ministro Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, se superou.
Ao tentar explicar sua entrevista clara, dada à revista Veja, sobre o transporte de possíveis dólares cubanos enviados para campanhas do PT, Poleto inventou uma longa história, que nem mesmo uma criancinha de três anos lhe daria crédito. O depoente chegou a afirmar que fora forçado a dar a tal entrevista e que estava bêbado durante a conversa com o repórter da Veja. Poletto foi desmentido logo em seguida com o áudio da entrevista.
É claro que nenhum parlamentar, nem mesmo os petistas mais ferrenhos defensores do Governo, acreditaram no ex-secretário municipal de Palocci. No entanto, sóbrio e sem bebidas por perto, Vladimir Poleto confirmou as demais afirmações da entrevista, como a viagem a Brasília e o vôo no avião Seneca até Campinas, levando três caixas, que segundo ele, continham vinho e uísque.
Diante dessa palhaçada, a oposição chegou a pedir a prisão do depoente que foi salvo pelo hábeas corpus. Mas, o pedido foi enviado ao Ministério Público para indiciamento do ex-secretário de Palocci, que se complica a cada vez que seus ex-assessores vão depor, quando falam a verdade ou mentem desta forma. Para desespero do Governo, Palocci já falou até em deixar o cargo.
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