quinta-feira, abril 27, 2006

Servidor congelado

Funcionário efetivo, servidor contratado, comissionado e assessor. Todos esses termos podem ser usados para se referir a servidores públicos, uma vez que são diversos os regimess de contratação usados pela administração pública. Mas, "servidor congelado", essa eu nunca tinha ouvido falar. E vem da cidade de Osasco.
Segundo um funcionário, que encontra-se na "geladeira", como ele diz, essa é uma nova categoria de servidores, que não teriam a "confiança" dos atuais secretários, ou diretores da administração do prefeito Emidio de Souza PT). "Sou funcionário efetivo da Prefeitura há mais de dez anos e sempre tive cargo em comissão, ou seja, de confiança. Agora, com a nova administração, eles me congelaram. Eu vou lá apenas para assinar a folha de ponto. Estou esperando que eles arrumem um lugar para que eu possa trabalhar", disse o funcionário congelado. Segundo consta, há outros funcionários nessa mesma situação.
Quem acaba perdendo com essa alternância, não apenas do administrador, mas também dos funcionários, é sempre o povo. A cidade de Osasco é um bom exemplo para essa alternância nociva ao cidadão que paga os impostos e os salários dos servidores. Nos últimos 14 anos, a cidade foi governada por um mesmo grupo político, liderado por Celso Giglio (PSDB), que também sucedera a um amigo da época, Francisco Rossi, em 1992. Durante todo esse tempo, houve mudanças mas em menor escala.
Agora, com a eleição do prefeito Emidio de Souza (PT), a mudança foi total dos cargos de comissão. É bom destacar que isso não é privilégio do PT. Ao serem eleitos, todos os governantes de partidos diferentes acabam fazendo uma limpeza de funcionários que eram de confiança de seus adversários. Daí vem o grande prejuízo da sociedade. Se os políticos cumprissem a Constituição que eles mesmo fizeram e deixassem a alternância de poder apenas para o administrador, enquanto os cargos contuassem sendo ocupados por funcionários de carreira, a população seria muito melhor atendida. Daqui a dois anos, se houver nova troca de poder, todos aqueles que hoje estão aprendendo suas funções, inclusive, a de atender o público serão novamente substituídos.
Esse problema não é verificado apenas nas prefeituras. O Governo Lula fez isso também em nível federal. Foram criados milhares de cargos de confiança e, apenas como exemplo, citamos a Embrapa, órgão que sempre desempenhou importante papel na área de pesquisas no campo, teve muitos funcionários técnicos de carreira afastados, para que em seus lugares fossem colocados servidores apadrinhados do PT ou de partidos da base governista. Quando tivermos governantes que realmente pensem nas próximas gerações e não nas próximas eleições, aí sim, estaremos perto do fim dessa farra de cargos públicos.
Se você também está nessa condição de "servidor congelado", faça um comentário nesta nota, ou nos mande por e-mail o teu caso: renato1254@yahoo.com.br

Acesse também: www.noticiasdepaz.com.br

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