Membros do Conselho de Ética dão esperança ao Brasil
Mesmo com todo esse mar de lama de corrupção que assola o país, envolvendo principalmente os Poderes Executivo e Legislativo, nem tudo está perdido no Brasil em termos de adminsitração pública. E a prova de que o brasileiro pode e deve continuar usando o seu voto como a principal arma democrática para colocar o Brasil nos trilhos da moralidade, foi dada nesta quinta-feira, dia 6, pela maioria dos membros do Conselho de Ética.
Após a absolvição do ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), o oitavo parlamentar acusado de se beneficiar do "valerioduto" e absolvido pelo plenário, mesmo com o minucioso relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) - considerado por diversos juristas, como uma das mais completas peças já produzidas pelo Congresso - nove membros do Conselho resolveram renunciar por se sentirem desmoralizados pelo plenário da Câmara.
Também mostrando-se desampontado com as absolvições no plenário, o presidente do órgão Ricardo Izar (PTB-SP), pediu aos deputados que permanecessem no Conselho pelo menos até o final dos processos que estão em andamento. Cinco deles deverão atender ao pedido de Izar. São os titulares Nelson Trad (PMDB-MS), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Benedito de Lira (PP-AL), e os suplentes Marcelo Ortiz (PV-SP) e Cláudio Magrão (PPS-SP).
Os outros quatro, no entanto, alegando que chegaram ao limite de seus deveres de parlamentares em respeito ao cidadão, vão mesmo deixar imediatamente o Conselho de Ética. Indignados, eles pretendem mostrar à nação que não compactuam com os acordos realizados na Câmara, após às cassações de Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP), inclusive, até com danças para festejar a impunidade. São eles: Júlio Delgado (PSB-MG), autor do relatório que cassou José Dirceu, Chico Alencar (PSOL-RJ), Orlando Fantazini (PSOL-SP) e Cezar Schirmer (PMDB-RS).
O Conselho é composto por 15 titulares e 15 suplentes. A saída de Alencar e Fantasini deve ampliar a participação do PT no Conselho de Ética. Os dois foram indicados quando estavam no PT e depois mudaram para o PSOL permanecendo no Conselho.
A decisão do plenário da Câmara de rejeitar o pedido de cassação de João Paulo Cunha abriu uma crise inédita no Conselho de Ética. "A crise está instalada no Conselho de Ética. Nos declaramos em crise", disse o deputado Chico Alencar. "Não temos mais o mínimo de representatividade."
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