O Brasil perde um grande homem: Telê Santana
Morreu nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, o ex-técnico da seleção brasileira de futebol Telê Santana, aos 74 anos. Apesar de não ter conquistado o título de campeão, na Espanha, em 1982, Telê formou naquele ano, uma das melhores seleções que o Brasil já teve, comparada talvez apenas à seleção de 70, que conquistou o tri campeonato no México. Seu corpo será sepultado neste sábado, na capital mineira, para onde viajarão muitos amigos e, principalmente, atletas que não escondem um misto de tristeza, pela morte do "mestre", e de felicidade por ter trabalhado com Telê.
Nascido em Itabirito, este mineiro não era apenas um homem educado, atencioso e um excelente treinador. Era também um excelente caráter, um homem que se preocupava não apenas em ensinar seus atletas os segredos dentro das quatro linhas, mas sobretudo, se preocupava em prepará-los para vida fora dos campos de futebol.
E foi assim, falando da excelência de Telê Santana, que passei esta sexta-feira, ouvindo as rádios, vendo nas televisões e lendo na Internet muitos depoimentos de treinadores, de atletas, de amigos, de familiares ou de torcedores que jamais esquecerão de tudo que ele fez pelo futebol brasileiro. Telê é uma unanimidade. Assim, ouvi Reinaldo, Éder, Toninho Cerezo, Zico, Raí, Zeti, Parreira e muitos jornalistas falando das virtudes de um treinador que amava e defendia um futebol pra frente e sem violência. Certamente, até o momento do enterro, neste sábado, muitas outras personalidades brasileiras ainda darão entrevista falando do trabalho sério, dedicado e competente de Telê.
Como jogador, Telê Santana começou no Fluminense, onde ficou por dez anos. Dentre tantos títulos conquistados por Telê, destacamos o título do primeiro Campeonato Brasileiro pelo Atlético Mineiro, em 1971; dois Campeonatos Paulistas (1991 e 1992), um Campeonato Brasileiro (1991), duas Taças Libertadores da América (1992 e 1993) e dois Mundiais Interclubes (1992 e 1993) com o São Paulo Futebol Clube. Demonstrando todo o seu amor e o seu espírito caseiro, Telê recusou uma grande proposta para treinar um time da Espanha na década de 90. Ele também amava as coisas de Minas Gerais. Depois de já ter deixado o futebol, ele conseguiu um de seus desejos, que foi conhecer a pequena cidade de Miraí - zona da Mata de Minas - na região de Juíz de Fora. Miraí, cidade onde eu passei grande parte da minha adolescência, é a cidade de Ataúlfo Alves, cantor e compositor de "Meus tempos de Criança". Foi por gostar muito dessa música, que Telê Santana queria conhecer o "Meu pequenino Miraí" de Ataúlfo Alves. Com a morte de Telê Santana, o futebol perde um dos maiores treinadores de todos os tempos e o Brasil perde um grande homem.
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