terça-feira, agosto 15, 2006

Fujões de debates perdem voto e credibilidade

Como já era esperado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fugiu do debate da Band, realizado nesta segunda-feira. O candidato petista acabou se transformando no principal alvo dos candidatos adversários Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL), Cristovam Buarque (PDT), José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL). Todos eles criticaram a ausência de Lula e afirmaram que ele desrespeitou o eleitor brasileiro.
Mas Lula não é o primeiro candidato a fugir de debates políticos. Esta é uma tática atrasada e pouco inteligente dos políticos brasileiros. Quando estão na frente nas pesquisas eleitorais, alegam que "seriam vítimas dos demais candidatos". Porém, basta começarem a perder pontos nas pesquisas, que os mesmos candidatos mudam de idéia e passam a frequentar os debates e a fazer o que antes condenavam.
Neste ano, além de Lula, o tucano José Serra, candidato ao Governo de São Paulo, tem também evitado os debates com os adversários. Com isso, Aloisio Mercadante, candidato petista ao Governo paulista, e Geraldo Alckmin ficam sem argumentos para criticarem os fujões Lula e Serra.
Os fujões podem até garantir a eleição, mas já ficou provado que eles deixam de conquistar outros votos. A ausência, além de ser um desrespeito ao eleitor, é uma grande oportunidade que os candidatos perdem para aumentar a vantagem. Eles viram sacos de pancada e não estão lá para rebaterem as críticas. Aí, vale o velho ditado: "Quem não deve, não teme".
É o caso de Lula. Se todos os petistas e o próprio presidente, afirmam que "este é o melhor governo de todos os tempos", por que será então que ele teme em debater com os adversários? Seria medo de perguntas contrangedoras sobre corrupção, mensalão e sanguessugas? Além das críticas contundentes de Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristóvam Buarque, Lula foi ironizado até pelo candidato do PSDC, José Maria Eymael. "Ora, como o presidente Lula disse que não sabia de tanta coisa que aconteceu em seu governo, com certeza, ele também não sabia que tinha debate hoje", disse Eymael, provocando sorrisos na platéia.
Além de votos, os fujões perdem também muita credibilidade junto à opinião pública. As próximas pesquisas mostrarão essa realidade.

2 Comentários:

Às agosto 16, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Sabe por que o Lula foge dos debates? É porque ele não te explicação a dar sobre o seu governo, o mais corrupto da história do Brasil.
Lembram quando ele dizia em campanha? "No meu governo não haverá corruptos". E agora, Luizinho?
O que o senhor tem a dizer sobre José Dirceu, Antônio Palocci, José Genoíno, João Paulo Cunha, Professor Luizinho e José Mentor (todos petistas), além de Waldemar da Costa Neto, José Janene, Roberto Jefferson, Marcos Valério e todos os demais corruptos que dão sustentação ao seu (des)governo?
Pensando bem, é melhor mesmo nem aparecer nos debates. Aquela cadeira vazia fala mais alto sobre tudo que povo precisa saber.

 
Às agosto 16, 2006 , Blogger Unknown disse...

Não creio que fugindo ao debate Lulla perca votos e credibilidade.
Quem vota em fujões não assiste aos debates e sequer possui leitura crítica da realidade.

São pessoas que enxergam apenas o próprio umbigo e as suas necessidades imediatas. Aliás, a maioria da raça humana se comporta assim. São pessoas que nada significam e contribuição alguma deixam para o planeta. Se multiplicam em progressão geométrica e a conta final desta multiplicação sempre será zero, por toda a eternidade.

Quem assiste aos debates não votará em mensaleiros que enganam os pobres oferecendo-lhes migalhas enquanto negociam com banqueiros e usurpadores de toda espécie.

Quem assiste aos debates quer um Estado livre da ação danosa de incompetentes que usam e abusam dos trabalhadores e se apropriam dos espaços públicos de forma predatória para empregar parentes e a companheirada.

Quem assiste aos debates sabe a diferença que há entre Estado e Governo. Sabe qual é a missão de quem serve ao público por meio dos programas de Estado e de governo. Uma missão que jamais deverá ser confundida com servir aos interesses de grupos que desaparecem de quatro em quatro anos deixando para trás um rastro de incompetência e nenhuma saudade.

Como disse o professor Plínio Sampaio, fundador histórico do falecido partido dos trabalhadores, hoje candidato a governador de São Paulo pelo PSOL: "mudamos de partido porque não mudamos".

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->