A denúncia contra 15 acusados no valerioduto mineiro, ao STF, feita nesta nesta quinta-feira, 22, pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, atingiu também mais uma vez o Governo Lula. É que entre os denunciados está o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guias
(foto), que acabou renunciando ao cargo para se defender. É a sombra do empresário Marcos Valério que continua provocando estragos na cúpula do Governo Federal. Com a queda de Mares Guia, chega-se a três o número de ministros de Lula que caíram desde que o ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB), denunciou o esquema do mensalão. Já haviam sido destronados de seus cargos os ex-ministros José Dirceu(Casa Civil) e Luiz Guschiken (Comunicações), além de outros nomes fortes do PT, como os deputados federais José Genoino e João Paulo Cunha, que agora respondem a processos criminais no Supreno Tribunal Federal.
Conforme a denúncia do procurador-geral, o equema do valerioduto teve início em 1998, em Minas Gerais, quando Marcos Valério era também o operador que arrecadava dinheiro de empresas públicas para a campanha de reeleição do então governador e hoje senador, Eduardo Azeredo (PSDB). A bomba contra os tucanos caiu justamente no segundo dia do congresso que o PSDB realizou em Brasília com a presença de grandes lideranças do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). O único tucano que não tentou colocar panos quentes foi FHC. "Quem tiver culpa no cartório tem que pagar essa culpa", afimou o ex-presidente.
Estragos no Planalto
Não poderia ter sido pior para o Governo Lula o momento desta denúncia contra o ministro Walfrido dos Mares Guia. Ele era um dos principais articuladores do governo junto a oposição no sentido de conseguir votos para prorrogar a CPMF no Senado. Sua saída coincide também com decisão da bancada petebista do Senado, que em reunião com o presidente nacional, Roberto Jefferson, dediciu deixar a base do Governo. Essa decisão foi tomada em reação à atitude da líder do bloco, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que substiuiu o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) na Comissão de Constituição e Justiça, uma vez que ele havia declarado voto contrário à CPMF.
Na opinião de líderes tanto do Governo como da oposição, sem Mares Guia a missão do Governo ficou mais difícil para aprovar a prorrogação da CPMF. Além de senadores do PSDB e do DEM, engrossam a bancada dos contrários ao imposto do cheque senadores do PMDB, do PDT, do PSOL, e agora também do PTB, que no entanto, não fechou questão contra a CPMF.
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