quarta-feira, outubro 08, 2008

Aparelhamento da máquina não é democracia

Outra lição que tiro destas eleições municipais de domingo é o aparelhamento da máquina pública que o PT colocou em prática para uso eleitoreiro. Lamentavelmente, essa prática do governo petista não ficou apenas na esfera federal. As eleições municipais serviram para mostrar também que o mesmo tipo de aparelhamendo do Estado que o Governo Lula implantou em Brasília, foi também aplicado nos municípios.
Vejamos só o que aconteceu em Osasco. Como já disse, as administrações anteriores também usaram a máquina administrativa para se beneficar nas eleições. Porém, eu nunca tinha visto uma prefeitura parar, literalmente, durante três meses apenas para se fazer campanha política. Os próprios vereadores petistas, que se sentiram preteridos, fizeram essa acusação na Câmara Municipal. Funcionários comissionados foram exonerados para que trabalhassem na campanha. Isso mostra que suas funções não são assim tão necessárias para o serviço público.
E o aparelhamento da máquina em Osasco vai muito além disso. Para quem acompanha a política em Osasco nos últimos anos, basta recordar um pouco de quem estava do lado de prefeitos anteriores, e comparar com o quadro atual. Como num passe de mágica, tudo e todos passaram a defender o PT de uma hora para outra. Mas, isso não foi de graça. Tudo isso tem um preço e quem paga é o povo de Osasco.
Se olharmos para a relação poder público/imprensa, vamos ver que nos últimos anos, a oposição, ou seja, o PT, tinha pouco espaço ou quase nada na imprensa local. Mas bastou o Emidio ser eleito para esse quadro mudar radicalmente. Hoje, os donos de jornais - com raras exceções - defendem com unhas e dentes a administração atual e, covenhamos, não é simplesmente porque passaram acreditar na ideologia petista. É simplesmente porque a generosidade com os meios de comunição tem sido maior por parte do PT. E quem é bobo de criticar o "patrão"?
O aparelhamente vai ainda mais longe. Todos os segmentos sociais, inclusive, igrejas "fecharam" com o PT de uma forma jamais vista neste país. Vi até pastores pedir votos para o PT no púlpito, fato que é proibido pela Justiça Eleitoral. Trata-se de uma aparelhamento muito periogoso para o processo democrátido do Brasil, pois se assemelha muito ao que vem ocorrendo na Venezuela.

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