Começa nesta segunda-feira, 22, o julgamento de Alexandre Nardoni, 31, e Anna Carolina Jatobá, 26, no fórum de Santana, em São Paulo. Esse julgamento já é considerado um dos casos de maior repercussão do júri popular brasileiro. O casal Nardoni é acusado de agredir, esganar e atirar do sexto andar a menina Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre com Ana Carolina de Oliveira na noite de 29 de março de 2008.
O assassinato de Isabella chocou a população brasileira e foi destaque na mídia durantes varios meses. Desde então, o casal foi preso para aguardar o julgamento. Agora, o caso volta ao noticiário e a expectativa é saber se os sete jurados vão ou não condenar o casal.
O promotor Francisco Cembranelli se baseará em diversas provas colhidas pelo IC (Instituto de Criminalística), mas enfatizará para os jurados a importância que a personalidade dos réus teve no crime.
Anna Jatobá, madrasta de Isabella, será retratada como uma pessoa agressiva, protagonista de discussões violentas com o marido. Já Alexandre, diz Cembranelli, era um pai ausente. Em depoimento após o crime, ele não soube responder quem era a professora ou o pediatra da filha, fatos que, para a Promotoria, provam o distanciamento.
O crime, segundo a acusação, teria começado durante uma briga do casal, por ciúme, antes deles chegarem ao aparamento.
Com o objetivo de "transportar" os jurados para a noite do crime, os promotoes exibirão uma maquete do apartamento dos Nardoni, com detalhes como manchas de sangue no lençol das camas em miniatura.
Sem emoção
A defesa, por sua vez, tentará fugir do debate emocional e questionará as provas produzidas pelo IC, nas quais a acusação se apoia. "Só a versão da acusação foi investigada. Os laudos apresentam falhas que vamos demonstrar", afirma a advogada Roselle Soglio, assistente da defesa.
Os advogados querem mostrar aos jurados que as provas colhidas pelo IC não mostram o casal na cena do crime.
Em depoimentos à polícia, o casal disse acreditar que um ladrão entrou no apartamento deles, cortou a rede de proteção da janela e jogou a criança.
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