segunda-feira, agosto 09, 2010

Lula e o apedrejamento de mulher no Irã


Depois de ficar em silêncio por vários dias sobre o caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de praticar adultério e condenada à morte por apedrejamento, o presidente Lula surpreendeu a todos, quando no último sábado, durante um comício da Dilma Roussef, em Curitiba, ofereceu asilo à mulher iraniana. Mas, essa decisão do Lula serve apenas para demonstrar mais uma vez que a política externa do governo petista desnorteou a política do Itamati, que sempre tomou decisões de Estado e não apenas de um eventual governo.

Durante os últimos dias, Lula vinha sendo pressionado por entidades defensoras dos Direitos Humanos para tomar uma decisão. Porém, esperava-se uma posição oficial do Itamarati condenando não apenas o julgamento dessa mulher, mas, sim essa política atrasada do Irã de condenar por adultério uma mulher, viúva, à morte por apedrejamento. Até agora, Lula afirmava que não tomaria nenhuma decisão, por não admitir que um país interfira nas políticas internas de outras nações. Lula chegou a dizer que "haverá avacalhação" caso sejam atendidas solicitações desse tipo a cada indignação internacional.

No entanto, no sábado, durante um comício político e ao lado de sua candidata Dilma, o presidente petista tomou essa decisão intespetiva que não condena a política de apedrejamento do Irã. E o pior foi a forma como Lula se expressou: "Se esta mulher está atrapalhando o meu amigo Amadnejad, então ofereço a ela o asilo político, como se o Brasil fosse apenas um quintal e não tivesse uma política séria para condenar publicamente esse apedrejamento que vem sendo condenado pelo mundo inteiro.

Irã recusa
Mas, se o presidente Lula tentou agradar as autoridades iranianas o seu objetivo não foi alcançado. Ele foi, inclusive criticado pelo porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Ramin Mehmanparart: "O presidente (Lula) da Silva tem uma personalidade muito emotiva e humana, mas provavelmente não tem informação suficiente sobre o caso", declarou o porta-voz. Pressionado pela comunidade internacional, o Irã informa agora que a mulher praticou também assassinato e não está sendo condenada apenas por adultério.

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