Osasco - Uma cidade tensa e de olho em Brasília
Essa demora para uma definição das eleições em Osasco, tem deixado a cidade tensa e de olhos vidrados em tudo que acontece nos Tribunais de Brasília. Mas não, necessariamente, no julgamento do mensalão que ocorre no STF (Supremo Tribunal Federal), onde, nesta terça-feira, 9, a maioria dos ministros condenou os petistas Delúbio Soares, José Genoíno e José Dirceu por corrupção ativa. Nestes últimos dias, sem deixar de lado o mensalão, os osasquenses estão mais interessados é no que acontece no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde tramita o recurso do tucano Celso Giglio, cuja candidatura a prefeito de Osasco fora impugnada pelo TRE (Tribunal e Regional Eleitoral).
E o clima tenso sobre a palavra final do TSE tem dois lados bem distintos na cidade: os defensores da candidatura do ex-prefeito Celso Giglio (PSDB), que venceu o primeiro turno com 149 mil votos, e os defensores da candidatura do novato Jorge Lapas (PT), que a 30 dias antes das eleições, substituiu João Paulo Cunha, condenado pelo STF, e que ficou em segundo lugar nas urnas, com 138 mil votos.
A tensão dos dois lados é tanta que, ontem à tarde, uma notícia veiculada errôneamente pela rádio CBN, dando conta de que o tucano havia sido absolvido, causou um grande alvoroço na cidade. A rádio equivocou-se ao dar a notícia que, na verdade, referia-se apenas à liberação do segundo turno em Osasco, mesmo sem a definição oficial do TSE. Mais tarde, inclusive, a CBN retificou a notícia.
E o ápice da tensão osasquense ficou evidente na sessão da Câmara Municipal, a primeira depois do primeiro turno, ocasião em que os vereadores reeleitos, sobretudo, os campeões de votos e seus assessors, como Toniolo (PC do B), Rogério Lins (PHS) e André Sacco Jr (PSDB), dentre outros, recebiam os parabéns pela vitória. Logo que a notícia equivocada da CBN foi ao ar, o fato começou a bombar nos sites de relacionamentos, caindo como uma bomba no Legislativo.
Todos, sem exceção, deixaram de lado a euforia dos vereadores reeleitos, como a frustração dos que vão deixar a Câmara, voltando as atenções para o que acabara de ser noticiado, na tentativa de saber se realmente Celso Giglio fora, afinal, absolvido pelo TSE. A correria foi geral, tanto no mundo real, como no virtual.
E era evidente o sorriso, meio desconfiado, no rosto dos vereadores tucanos, e a agitação entre a militância, como também o olhar assustado de vereadores do PT e a militância petista. O clima de perplexidade também era possível ser notado entre os jonalistas que, como qualquer cidadão livre, além de profissionais, têm também as suas preferências políticas. De imediato, cada um deles começou checar a veracidade da notícia para informar ao seu público. E, imediatamente também, o clima de euforia tucana, contrastando com o de preocupação petista, tomou conta das ruas e das redes sociais da Internet.
Agora, resta esperar um pouco mais até a definição oficial do TSE, que só tem dois caminhos: abolver Celso Giglio e, assim, tornar válidos os seus 149 mil votos para a realização do segundo turno; ou confirmar a sua impugnação, oficializando a vitória do petista Lapas. A decisão de ontem do TSE já liberou o segundo turno na cidade, mas, o tucano preferiu aguardar a decisão oficial para iniciar a campanha. Há informações - não confirmadas - que o TSE poderá até marcar a votação do recurso de Giglio para depois do segundo turno e até para o próximo ano. Se se confirmar essa informação, é possível que haja o segundo turno mesmo sem a palavra final do TSE, deixando a decisão primeira para os eleitores de Osasco, escolherem o próximo prefeito nas urnas do segundo turno.
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2 Comentários:
Osasco, SP, 10 de outubro - Em meio a marchas e contra-marchas do TSE e de uma legislação eleitoral caótica, que realizou as eleições em Osasco e não as validou e imprimiu os votos do candidato Celso Giglio e não os publicou, impugnou candidato,mas não o impediu, sonega a garantia constitucional da presunção de inocência de candidatos impugnados por opositores, mas não julgados pelo TSE... em meio a boatos e desinformação... devemos e temos que prosseguir com a campanha supra e multipartidária em prol da realização do 2º turno em Osasco, com a aceitação do registro da candidatura de Celso Giglio, do PSDB, que foi o candidato mais votado a Prefeito de Osasco no 1º turno.
Por Everson Andrade.
Concordo com você, Everson.
Penso que o segundo turno deva mesmo ser realizado para que, democraticamente, o povo de Osasco escolha o seu novo prefeito.
E que depois, democraticamente também, a vontade da maioria do povo, seja respeitada.
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