Virada Cultural de São Paulo é marcada por arrastões e mortes. Para Haddad, foi um "sucesso"
Mesmo com o orçamento recorde, de R$ 10 milhões para reforços na infraestrutura e na segurança, a primeira Virada Cultural da era Fernando Haddad, não foi marcada pelas 900 atrações musicais e, sim, pelo recorde de violência. Foram diversos arrastões, roubos, furtos e duas mortes, uma por tiro e outra por suspeita de overdose. Foi a Virada Cultural mais violenta nos nove anos que o evento é realizado na Capital paulista. A onda de arrastões e as mortes acabaram ofuscando o grande número de atrações musicais durante as 24 horas da virada.
Na Avenida Rio Branco, um jovem de 19 anos foi baleado ao reagir a um assalto. Ele tentou reaver o celular, mas, foi baleado pelo assaltante. Um outra jovem morreu também durante o evento e a suspeita é de que ela tenha sido vítima de overdose. No total, 28 pessoas foram detidas pela polícia, que apreendeu também 9 adolescentes infratores.
Segundo matéria publicada na Folha de :S. Paulo, houve arrastões com ataque de grupos de até 50 bandidos nas Avenidas Ipiranga, São João, Rio Branco, Duque de Caxias, Praça da República e no viaduto Jaceguai. Nem mesmo o senador Eduardo Suplicy se livrou dos ladrões. Ele teve a carteira roubada e os ladrões levaram ainda dinheiro e o celular. Posteriormente, no palco com a cantora Daniela Mercury, o Senador apelou aos bandidos que devolvessem pelo menos o seu celular, o que acabou acontecendo.
Sucesso, segundo Haddad
Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, 20, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), admitiu que houve aumento da violência na edição deste ano, mas, mesmo assim, o prefeito considerou que a Virada Cultural "foi um sucesso".
Mas, com certeza, não foi nenhum sucesso para a família do jovem Elias Martins Morais Neto que foi assassinado. Durante o evento e logo após o assassinato, a mãe do jovem ligou para o celular do filho e foi atendida pelo bandido. Mostrando total frieza e indiferença ao sofrimento da mãe, o assassino confirmou que havia matado mais um e ainda riu ao falar com a mãe desesperada. .
Aureliano Santana, 49, pai de Elias, também cobrou providências da polícia. "Como pode um menino vir para uma festa e ser baleado? Não tinha ninguém para revistar e ver quem estava armado?, indagou. Seu filho foi sepultado nesta segunda-feira. Muitos artistas criticaram a violência e a falta de segurança no evento.
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