Se a presidente Dilma Roussef (PT) acredita nas receitas do seu cardiologista, Roberto Kalil Filho, em termos médicos, o mesmo não ocorre quando o assunto é político, quando ela não ouve as recomendações do médico que trata do seu coração. Para o dr. Kalil, cardiologista também do ex-presidente Lula, a "importação" de médicos estrangeiros não resolverá o problema da saúde pública no Brasil. Conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo, na última terça-feira, o dr. kalil já teria externado a sua opinião à própria Presidente Dilma e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha que, no entanto, preferiram seguir em frente com o projeto do governo, lançado no último dia 7. "Sou terminantemente contra", diz o dr.Roberto Kalil Filho.
Para o especialista, o maior problema da transferência de médicos para regiões distantes do país, conforme propõe o governo Federal, são as condições precárias de trabalho. "Em alguns casos, não tem nem acomodação", ressalta o cardiologista.
Conforme foi divulgado pela própria presidente e pelos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloísio Mercadante, o programa do Governo pretende fixar médicos em regiões distantes no interior do país e nas periferias dos grandes centros urbanos. Por outro lado, entidades médicas criticam a proposta, como CFM (Conselho Federal de Mecidina), que defendem melhorias na estrutura da rede de unidades de saúde, como a criação de uma carreira federal do médico.
O dr. Kalil acredita ainda que´, se até hoje, os governos não conseguiram melhorar as condições de trabalho dos profissionais da saúde, não será encaminhado médicos para regiões remotas do país que eles mudarão esse quadro. Contudo, o cardiologista salienta a temporariedade da contratação dos estrangeiros e a garantia de que eles não não poderão ser transferidos, medida que, teoricamente, evita tirar o emprego de médicos brasileiros
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Segundo Kalil, ele já expôs a sua contrariedade para o ministro Alexandre Padilha (Saúde), além de ter participado também de uma reunião com a própria presidente Dilma para discussão do projeto.
Sobre a exigência para que alunos de medicina trabalhem dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde), o dr. Kalil preferiu não comentar. Ele afirmou apenas que "não adianta jogar os médicos num hospital se não houver estrutura. O médico pode ser da China, da Lua. Se não tiver seringa, se não tiver raio x, ele não vai conseguir atender ao paciente."
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