A já quase certa candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) - à direita - tem acirrado a disputa entre petistas e tucanos pelo apoio de Campos e do PSB num possível segundo turno entre a presidente petista Dilma Rousseff e o senador tucano Aécio Neves. E essa disputa cresceu ainda mais nos últimos dias, após o PSB deixar o governo Dilma Rousseff, entregando todos os cargos, inclusive ministérios importantes. Fato repetido em governos estaduais, como no Rio de Janeiro, no governo de Sérgio Cabral (PMDB), aliado do PT; e no Rio Grande do Sul, no governo de Tarso Genro (PT).
E se por um lado, o PSB começa também a ter baixas com a decisão de Eduardo Campos, como a saída do governador do Ceará, Cid Gomes, por outro, o partido busca novos aliados para fortalecer a candidatura de Campos. Com a saída do governo Dilma, os socialistas dão sinais de proximidade com os tucanos, principalmente, nos dois maiores colégios eleitorais do país: São Paulo e Minas Gerais.
Aécio e Campos
E enquanto se afasta do PT, Eduardo Campos procura se aproximar do tucano Aécio Neves, de quem é amigo há tempos e a quem apoiou em seus dois mandatos de governador em Minas Gerais. O próprio Eduardo Campos anunciou recentemente que pretende ver o PSB no palanque de Geraldo Alckmin em São Paulo, cogitando até mesmo que o vice de Alckmin seja um socialista. E parece que esse é também o desejo de Alckmin, que até sugeriu que o seu vice seja o deputado Federal e presidente estadual do PSB, Márcio França.
Já em Minas Gerais, a aliança entre socialistas e tucanos é antiga e, talvez, mais fácil de consilidar. E lá também os dois partidos estudam uma aliança para a disputa do governo estadual, que é também interesse tanto de Eduardo Campos como do senador Aécio Neves. Eles pretendem manter a aliança e eleger o sucessor do governador Antonio Anastasia (PSDB).
Lula na parada
Mas, tudo indica que o ex-presidente Lula não está a fim de "vender" barato o apoio que o PT sempre teve de Eduardo Campos e do PSB, partido que apoiou as duas campanhas de Lula e a campanha de Dilma Rousseff. E quando Lula entra numa parada, os adversários devem se preocupar, pois, o ex-presidente já provou que de 2002 para cá ele vem só colecionando vitórias eleitorais.
Nesta terça-feira, 24, já admitindo a possibilidade de que o governador Eduardo Campos vá mesmo disputar Presidência em 2014 contra Dilma Rousseff, Lula advertiu: "Se não der para a gente estar junto, o que precisamos é fazer uma campanha civilizada em que a gente possa estar junto no segundo turno." No entanto, Lula disse que "trabalhava e continua trabalhando" no sentido de manter a aliança entre os dois partidos. O ex-presidente fez a declaração a veículos ligados a sindicatos, na sede de seu instituto, em São Paulo.
Durante a sua fala, Lula disse que é prudente o PT esperar até março para ter certeza da candidatura oficial de Eduardo Campos. E no final, disse o que todos os petistas queriam ouvir: "Estou voltando com muita vontade, com muita disposição". E completou: "Para felicidade de alguns, para desgraça de outros, é o seguinte: eu estou no jogo".
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