O publicitário Marcos Valério, já condenado a 40 anos de prisão pelo mensalão petista, foi condenado nesta sexta-feira, 14, por participação no mensalão mineiro, conhecido também como mensalão tucano. Pelo mesmo motivo, foi condenado ainda o ex-advogado de Valério, Rogério Tolentino, que também se encontra preso por condenação no mensalão petista. O mensalão tucano ocorreu em 1998 e, conforme a denúncia do Ministério Público, trata-se de um esquema de arrecadação de recursos para a campanha do então candidato a governador, h0je, deputado Eduardo Azeredo (PSDB).
Conforme a sentença da 4ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, o esquema para obter recursos públicos "tinha como ponto de partida a simulação ou superfaturamento de contratos publicitários junto a órgãos da Administração direta e indireta do Estado de Minas Gerais, bem como a empresas que tivessem interesses econômicos a serem favorecidos com o esquema".
Marcos Valério foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa e Tolentino, condenado pelo mesmo período, por corrupção passiva.
Segundo a denúncia do MPF, nos meses de setembro e outubro de 1998, cooptado por Valério, Tolentino teria recebido R$ 303.350,00 para que, no exercício da função de juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), favorecesse os então candidatos Eduardo Azeredo e Clésio Andrade (vice na chapa), que disputavam a eleição para o governo estadual.
22 anos de prisão
Há uma semana, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot pediu que o Supremo Tribunal Federal condene a 22 anos de prisão o deputado Federal Eduardo Azeredo, acusado como o principal beneficiário do mensalão mineiro. O deputado tucano alega inocência, mas, partir da solicitação do PGR, ele teria 15 dias para se defender junto ao STF. Azeredo é réu no processo, cujo relator é o ministro Luis Barroso. Lideranças tucanas disseram, hoje, que esperam que Eduardo Azeredo se afaste da Câmara ou até mesmo renuncie ao mandato para não prejudicar o PSDB nas eleições deste ano.
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