Cai a máscara: dinheiro do PT vinha de empresa ligada ao Banco do Brasil
Como muito gente já desconfiava, os tais empréstimos ao PT, feitos pelos Bancos Rural e BMG, foi uma farsa montada pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério. A informação é do relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que fez a revelação ontem, de manhã, e deu detalhes em entrevista coletiva, à tarde.
Segundo o relator, pelo menos duas operações provam a farsa. As investigações comprovaram que, pelo menos R$ 10 milhões, de um total de R$ 58,3 milhões foram repassados a Marcos Valério pela Visamet, empresa de cartão de crédito, ligada ao Banco do Brasil. O dinheiro era repassado como forma de pagamento por serviços de publicidade, que para os membros da CPI, são "verdadeiros absurdos".
Após receber o dinheiro, Valério o aplicava nos dois Bancos de Minas Gerais e, em seguida, fazia empréstimos junto aos Bancos. Devidamente munidos de documentos que "oficializavam", ou esquentavam esses empréstimos, Marcos Valérios começava então a operação de repasse do dinheiro ao PT, por empréstimo, ou através dos famosos saques, conforme relação de beneficiados já publicada pela CPMI dos Correios.
Assim, a CPMI dos Correios começa a desvendar uma das grandes dúvidas sobre a origem do dinheiro que o Partido dos Trabalhadores usou para fazer o caixa dois nas campanhas eleitorais de 2002 e 2004. Resta saber se houve dinheiro apenas dessa empresa ligada ao Banco do Brasil, ou se tem ainda recursos oriundos dos contratos de publidades dos Correios, um dos grandes clientes que as empresas de Marcos Valério mantinham até estourar as denúncias de mensalão.
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