Mais escândados eleitorais em 2006?
O sempre atento e competente senador Jefferson Péres (foto), do PDT do Amazonas, fez um alerta às oposições na sessão do Senado desta terça-feira, ao abordar a previsão do orçamento de 2006 e o valor que o Governo Federal pretende destinar para a área de plubicidade.
Ao analisar uma notícia publicada no jornal O Globo, Péres deu a sua opinião sobre a distorção que estaria contida no projeto da Lei Orçamentária e despertou a atenção dos demais senadores. Segundo Jefferson Péres, estão alocados R$ 156 milhões para publicidade institucional da administração direta - 46,5% a mais do que efetivamente foi gasto com publicidade em 2004. "Como nós já vimos, agora não são mais as empreiteiras e sim as agências de publicidade que financiam as campanhas eleitorais. Isso não pode passar pela Comissão Mista de Orçamento. São R$ 156 milhões que poderão servir para promoção pessoal do presidente da República e para alimentar um novo "valerioduto", alertou.
Para o senador do Amazonas, por ser um ano eleitoral, a verba de publicidade de 2006 teria de ser gasta entre janeiro e junho, o que daria um valor de R$ 25 milhões por mês para propaganda eleitoral do governo. Isto, sem falar da administração indireta, cujas propagandas poderão elevar esse valor à casa de um bilhão de reais só com publicidade.
A maioria dos senadores concordou com Péres, que é autor de um projeto de Lei que tipifica como crime de responsabilidade o uso de publicidade institucional para promoção pessoal. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), indagou: "O que esse governo fez para gastar tanto com publicidade institucional?". Sérgio Cabral (PMDB-RJ), concordou com Jefferson Péres que sugeriu que esses R$ 156 milhões poderiam ser usados, por exemplo, na área de segurança pública e na recuperação das intransitáveis rodovias federais.
Os oposicinistas garantiram que se esse valor não for mudado, a Lei Orçamentária não será aprovada no Senado.
Pelo que estamos vendo em termos de corrução, envolvendo agências de publicidade, o melhor mesmo é que essa lei seja mudada para que o Brasil não venha a se decepcionar mais uma vez com outros escândalos eleitorais em 2006. Como disse o senador Jefferson Péres, se o administrador faz um bom governo, todas as pessoas notam e não é necessário gastar com publicidade.
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