Queda do PIB e aumento do Bolsa Família: dados que se completam
Durante esta semana, em poucos dias, o Governo Lula se deparou com dados distintos do IBGE. Uns bons para o Governo e outros péssimos. Mas, ambos são dados que se completam na ponta do processo político, econômico e social.
Primeiro, o Governo ficou alegre e mandou fazer festa com a estatística que revelou a queda do índice de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Para os analistas, essa queda deu-se devido a programas sociais como o Bolsa Família, onde uma família com renda inferior a R$ 150,00, tem direito a receber até R$ 90,00 do programa, de acordo com o número de filhos matriculados na escola.
Radiante, o Governo afirma que já são mais de oito milhões de famílias cadastradas no programa e que até o final do ano, esse número vai aumentar. Quer dizer, é uma maneira diferente de governar. Aplaude-se não a diminuição dos miseráveis, mas, sim o aumento daqueles que dependem de R$ 90,00 para sobreviver, sabe-se lá como. Existem prefeitos e governadores, claro, sem muito sucesso, que agem assim também. A cada ano, eles comemoram, por exemplo, o aumento do número de pessoas beneficiadas com agasalhos nas campanhas de inverno. Deveria ser o contrário.
Mas, voltando ao Governo Federal, depois de poucos dias, apareceu o outro lado desta moeda e que acabou com alegria dos governistas. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto), encolheu 1,2% no terceiro trimestre de 2005. Para este ano, a expectativa de crescimento do PIB é agora de menos de 2%, ao contrário da média de crescimento do PIB de países emergentes que é de 6,5%. Na Ámérica Latina, o Brasíl só está na frente de El Salvador. Uma vergonha.
E é o PIB que revela a realidade de desesnvolvimento de um País. Aqui no Brasil, por exemplo, nesse processo de recessão econômica, imposta pelo FMI, já faz tempo que empresas médias e pequenas estão fechando suas portas e, consequentemente, fazendo aumentar o índice de desempregados. Por isso, a relação que há entre a queda do PIB e o aumento das famílias bolsistas. Forma-se então um círculo vicioso: desempregado, o trabalhador fica sem renda. Sem renda, ele não compra. E não tendo para quem vender seus produtos, a empresa fecha e o trabalhador tem que se contentar com os programas sociais do governo. Assim, nesse círculo vicioso de empobrecimento das famílias e do País, os únicos dados que merecem mesmo "comemoração" são o ingresso de mais e mais trabalhadores desempregados no Bolsa Família, como também em outras "Bolsas" que existem por aí, como os "bolsões de miséria".
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