segunda-feira, outubro 23, 2006

Debate entre coordenadores de campanha mostra as diferenças entre tucanos e petistas

Com a presença de um público formado em sua maioria por jornalistas e profissionais liberais, foi realizado nesta segunda-feira, 23, na Folha de S.Paulo, um debate entre os coordenadores das campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB), o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), e do presidente Lula (PT), o professor e ex-ministro de Relações Institucionais, Marco Aurélio Garcia. O debate foi coordenado pelos jornalistas Vinicius Torres (editor de Opinião) e Viníciuos Mota (colunista).
O encontro entre os dois coordenadores refletiu o que vem acontecendo nas campanhas e nos debates de TV entre Lula e Alckmin, ou seja, um discurso petista, acusando os tucanos de privatizantes, e a crítica pesada dos tucanos contra os escândalos verificados no governo Lula. Outros temas, como crescimento econômico, educação e controle dos meios de comunicação foram também debatidos por Guerra e Garcia.
O tucano reiterou a opinião de Geraldo Alckmin, que critica o "pífio" crescimento do PIB brasileiro, que só ganha do Haiti, e consequentemente, inviabiliza outros investimentos, aumentando o desemprego. Sobre qualquer tipo de controle dos meios de comunicação, Sérgio Guerra foi claro: "Sou contra. A imprensa, mesmo criticando ou elogiando, tem que ser livre num país democrático".
Por sua vez, Marco Aurélio Garcia repetiu as palavras de Lula. Ele disse, por exemplo, que "jamais houve no Brasil um crescimento ecnômico, sem inflação, como está havendo agora e, sobre os meios de comunicação, não foi claro. "Passadas as eleições, acho que é necessário se fazer uma grande discussão sobre o papel dos meios de comunicação no Brasil, pois, está havendo muitos abusos", disse Garcia. Isso cheira opinião de gente que só gosta da imprensa que elogia.

Corrupção
Como vem ocorrendo nos debates entre Lula e Alckmin, o tema corrupão teve também opiniões distintas entre Guerra e Garcia. Para o petista, o governo Lula tomou todas as providências nos casos de denúncia e dispensou os petistas envolvidos no caso dossiê. "Confiamos nas instituições do país". Já o tucano, foi enfático. "Eu sou coordenador e tenho a obrigação de saber se houve uma movimentação muito grande de dinheiro na campanha do Alckmin. Será que o Marco Aurélio, um homem inteligente, não ficou sabendo dos quase dois milhões de reais apreendidos com os petistas, que trabalhavam na campanha do Lula?", indagou Sérgio Guerra. Marco Aurélio não respondeu.
Os coordenadores demonstraram também estilos diferentes, no final do debate, quando foram abordados pelos jornalistas. Enquanto Sérgio Guerra mostrava-se tranquilo e respondia a todas perguntas, Marco Aurélio Garcia mostrou-se irritado ao ser indagado sobre as privações feitas pelo PT. Além disso também, a todo momento assessores petistas procuravam dificultar o trabalho dos jornalistas tentando impedir que os mesmos continuassem a fazer perguntas ao coordenador de Lula. Enquanto isso, sem se preocupar com as perguntas, Sérgio Guerra atendia a todos, inclusive, aos cidadãos que apenas queriam lhe cumprimentar ou saber detalhes da campanha.

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