Dilma assume o filho PAC, mas renega o DOSSIÊ

Confesso que não sei se a ministra Dilma Rousseff (foto) é casada e se tem filhos. O que eu sei é que agora, como super ministra do Governo Lula ela virou mãe de dois filhos: um bonitinho, elogiado, chamado de PAC; e o outro, coitado, é feinho, já nasceu dando muito trabalho, e tem nome cohecido na história política, é o DOSSIÊ.

Em princípio, dona Dilma não queria saber de ser mãe de ninguém, mesmo quando o presidente Lula disse que ela era a "Mãe do PAC". Mas, depois quando ela viu que esse tal de PAC era uma criança bonita e de futuro e, principalmente, de futuro breve, já para 2010, dona Dilma começou sorri para o filho e o aceita com naturalidade.

O que ninguém esperava é que de repente aparecesse um outro filho nessa família, instalada lá no Palácio do Planato. O problema é que se trata de uma criança feia, horrível, problemática e que foi abandonada logo que nasceu. E é claro que não tem pai. Mas, mãe, mesmo que seja mãe solteira, já tem: é também a dona Dilma Rousseff. E quem diz isso é a oposição, fato que poderá ser comprovado pela Justiça com o "exame" do DNA.

Filhos diferentes

É o velho ditado, né, quando a criança é bonitinha, vistosa e que poderá receber muitos presentes da iniciativa privada, como o PAC, todos querem ser o pai e logo aparece a mãe. Mas, quando o coitadinho é feio e problemático, ele acaba sendo abandonado

Dona Dilma já disse que não assume esse monstrinho. Nesta sexta-feira, em Maceió, depois de ter sorrido e feito festa para o filho mais velho - o PAC - ao lado do pai Lula, Dilma fechou a cara ao ser indagada sobre o filho mais novo. Ela até admitiu que essa criança possa mesmo ter nascido lá no quarto andar do Palácio do Planalto, mas, que o seu nome não é DOSSIÊ contra Fernando Herique Cardoso, e sim, "BANCO DE DADOS", da Casa Civil.

Anteriormente, outro ministro, Tarso Genro (Justiça), admitiu que essa nova criança, feia, pode mesmo ter nascido no Palácio do Planalto, mas também tratou logo de arrumar um outro nome para o monstrinho: é LISTA DE DADOS. Genro disse ainda que já existe até uma sindicância para apurar esse nascimento e abandono do DOSSÊ.

Seja como for e que nome queiram dar à nova criança do Planalto, a verdade é que foram divulgados dados referentes a gastos com cartões corporativos do Governo de FHC e de dona Ruth Cardoso. Gastos estes que, segundo o Governo, os do Lula e os de sua família não poderão ser divulgados "por serem de segurança nacional".

Porém, pelo jeito que esse monstrinho DOSSIÊ está crescendo rapidamente, logo, logo ele vai suplantar a beleza de seu irmão - o PAC - e obrigar o Governo a tomar outras providências, isto é, de não abafar as investigações e mostrar quem são os pais do DOSSIÊ. Caso contrário, os senadores já estão dispostos a criar uma CPI dos Cartões Corporativos só do Senado e, aí, como o Governo não tem maioria, todos os convocados serão obrigados a depor e mostrar para o povo brasileiro quem são também os pais do DOSSIÊ. Afinal de contas, nem só de PAC vive o povo brasileiro, não é mesmo?

O que não pode agora é tentar jogar a sujeira desse parto para debaixo do tapete e afirmar que o monstrinho foi gerado na barriga de aluguel da Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff. Ela pode até ter sido essa barriga de aluguel, mas, o Brasil quer saber quem são os verdadeiros pais do DOSSIÊ.

Essa história de mudar nomes das coisas não é novidade no Governo petista. Lembra daquela história contada pelo Delúbio Soares, no episódio mensalão? O ex-tesoureiro do PT disse que não se tratava de caixa-dois no partido e sim de valores não contabilizados. É impressionante a "criatividade" desses aloprados.