Jutiça nega habeas corpus para o casal Nardoni

O desembargador Caio Canguçu de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou, na manhã desta terça-feira, 13, o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá (fotos), acusados de terem matado a menina Isabella Nardoni, no último dia 29 de março. O desembargador negou também o pedido da defesa que solicitava o cancelamento da denúncia de homicídio triplamente qualificado contra o casal Nardoni. Com a decisão, Alexandre Nardoni e Anna Jatobá permanerão presos.

O habeas corpus foi julgado em caráter liminar. Agora, três desembargadores, inclusive, o dr. Canguçu, irão julgar o mérito do habeas corpus. Segundo alguns juristas, será muito difícil que o colegiado vote contra a decisão da liminar. A defesa já adiantou que irá recorrer.

Ao endossar o pedido de prisão preventiva, o promotor Francisco Cembranelli, enfatizou que Isabella foi asfixiada pela madrasta e jogada do sexto andar do prédio pelo próprio pai. O inquérito policial e a conclusao da Justiça foram feitos com base em minuciosas investigações e em laudos periciais.

O desembergador Canguçu de Almeida explica em em seu despacho que há indícios "inequívocos" de autoria e prova de materialidade do crime. "Vale dizer, pois, em face do caso concreto de que aqui se cuida, que a concessão de liminar, para o fim de restabelecer a liberdade dos pacientes presos preventivamente por força de decisão judicial largamente fundamentada e que diz respeito a crime gravíssimo praticado com características extremamente chocantes, e onde, após toda a prova colhida, sobressaem inequívoco reconhecimento de indícios de autoria e prova da materialidade da infração, tal concessão liminar, repita-se, apenas se justificaria se ao julgador fosse dado visualizar, de pronto, de forma clara, até gritante, que, hoje, não se fazem presentes os pressupostos autorizadores dela."

Agradecimentos

A manifestação de populares, que estava marcada para as 13 horas de hoje, na Praça da Sé, para protestarem contra uma possível libertação dos Nardoni, se transforou numa manifestação de agracecimento à Justiça de São Paulo por ter negado o habeas corpus. Segundo os organizadores do movimento, eles esperam agora que o TJSP mantenha a decisão e que os réus fiquem presos até o julgamento.