Dilma pode ter concorrência de Haddad e de Patrus

Dentro dos próximos dias, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, inicia sua campanha à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo sem a presença do seu padrinho mais forte, Dilma acionará no dia 6 a perfuradora que cavará o túnel para a extensão do metrô entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Ao longo deste ano, a "Mãe do PAC", manterá uma extensa agenda de inaugurações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Só que nesta corrida para se tornar mais conhecida no Brasil, Dilma Roussef não está sozinha no PT. Como Lula ainda não fez a ela o convite oficial para concorrer à Presidência, os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, ainda têm esperança de entrar na disputa.
Haddad, por exemplo, montou um cronograma de inauguração de escolas técnicas federais neste ano. Serão 89 estabelecimentos no Nordeste, 19 no Sudeste, 16 no Sul, 12 no Norte e 9 no Centro-Oeste.
Por sua vez, Patrus Ananias também não perde tempo em sua pasta e já conseguiu fazer com que o governo ampliasse o número de beneficiados do Bolsa/Família. Agora, serão quase 13 milhões de famílias que receberão o benefício.
Fernando Haddad e Patrus Ananias não estão atrás apenas de uma possível queda de Dilma para assumirem o posto de candidato à Presidência. Caso isso, não aconteça, os dois estarão fortalecidos também dentro do PT para pleitearem, respectivamente, as candidaturas aos Governos de São Paulo e de Minas Gerais. Para essas candidaturas, os dois já contam com a simpatia do presidente Lula.
E, em se falando em candidatura petista à presidência da República, ninguém pode esquecer do apetite que o senador Eduardo Suplicy tem por essa disputa. Não será nada estranho se daqui a pouco o clima esquentar no PT e Suplicy segeri a realização de prévias e, claro, com o seu nome na briga.