Para o governo de SP, Lula e PT preferem Palocci

O deputado federal e ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci (PT-SP), é o nome preferido pelo partido e pelo presidente Lula para disputar o governo de São Paulo em 2010. A informação é da ex-prefeita da Capital, Marta Suplicy, que falou com a imprensa durante encontro do PT paulista, neste domingo, 8.

A ex-prefeita disse que o ministro é nome de consenso dentro da legenda, mas, que ele agora precisa "superar" os problemas que enfrenta na Justiça. Palocci responde a inquérito no STF, onde é réu no caso de quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006. Marta afirmou ainda que o nome de Palocci é o preferido do presidente Lula, que na foto (à direita), conversa com o seu ex-ministro.
O senador Aloisio Mercadante não confirmou que Lula tenha instruido o PT paulista a escolher o nome de Palocci. "O presidente não disse para mim que o ministro Palocci deve ser o candidato do PT. O presidente, como eu, tem um carinho, um respeito e uma confiança muito grande no Palocci. Ele tem competência, experiência e história partidária para pleitear esse cargo", disse.

Consenso ou fogo amigo?

Será que essa antecipação sobre o nome de Palocci significa mesmo um "consenso" ou já é fogo amigo petista. Vejam que ao anunciar o nome de Palocci como "consenso no partido", Marta Suplicy não deixou de lembrar também os problemas judiciais do ex-ministro da Fazenda.

Além, de Palocci, há outros petistas que também já demonstraram interesse em ser candidato. É o caso do ministro da Educação, Fernando Haddad; do ex-prefeito de Guarulhos, Eloi Piettá, do prefeito de Osasco, Emidio de Souza, além dos eternos candidatos petistas, como José Genoino, Marta Supilcy e o próprio Mercadante.

Ora, lançar o nome de Palocci e, no mesmo ato, lembrar que ele é réu no STF, seria a mesma coisa que, daqui a pouco, outros petistas mais graudos lembrassem do nome do prefeito de Osasco, Emidio de Souza, mas, lembrassem ao mesmo tempo que o prefeito foi multado pela Justiça Eleitoral e teve suas contas rejeitadass pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e, que portanto, primeiro ele teria que superar esses probleminhas judiciais.