sexta-feira, outubro 16, 2009

Aliança com o PMDB divide também o PT

Não é somente o PMDB que parte dividido para um possível apoio à candidatura da ministra Dilma Roussef. A cúpula do PT também torce o nariz para essa colicgação, pelo menos é o que alegam os candidatos à presidência do partido.
A decisão do PT de se coligar com o PMDB em nível nacional em torno da candidatura Dilma divide os candidatos. Apesar de a candidatura da ministra ser praticamente um consenso entre os candidatos, alguns argumentam que o PT não deve se coligar com legendas que mantiveram ligações com governos anteriores, como o PMDB.
Cotado como favorito na disputa, o candidato José Eduardo Dutra, da corrente Construindo um Novo Brasil, disse na quinta-feira que a aliança com o PMDB é essencial para garantir a eleição de Dilma em 2010. "Eu considero a participação do PMDB fundamental nessa política de alianças. disse Dutra.
O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, da corrente Mensagem ao Partido, defendeu as políticas de alianças nacionais do partido, mas disse que a legenda não pode minimizar as coligações estaduais. "Temos que jogar todas as fichas nas eleições de Dilma. Mas não podemos menosprezar as eleições nos Estados", afirmou.

Na linha de ruptura com o PMDB, os candidatos Serge Goulart (Esquerda Marxista) e Markus Sokol (O Trabalho) fizeram duras críticas à possibilidade de união do PT com os peemedebistas.
"Eu defendo a ruptura do governo Lula com partidos de direita. Não podemos apoiar o Sarney e sua quadrilha. O PT é um partido sem patrões. A Dilma é candidata do presidente Lula e de dirigentes do PT, mas é o partido que deve decidir isso", afirmou Goulart.
O candidato foi o único a criticar o lançamento de Dilma para a presidência da República. Para Goulart, o presidente Lula deveria disputar um terceiro mandato. "A Dilma foi uma candidata ungida pela imprensa, sem nenhuma discussão nacional. Temos candidatos excelentes dentro do partido. Se não houvesse esse rolo compressor, poderiam discutir. O próprio Lula é o melhor candidato do PT. Não é o Congresso corrupto, que o ex-presidente Fernando Henrique comprou para ter dois mandatos. Não é o Congresso que decide, é o povo. O governante é governante enquanto o povo reeleger", afirmou.
Para Sokol, Dilma é a "única candidata que derrota a direita privativa" do país. O candidato, porém, disse que o partido deve lançar nomes da legenda nos Estados, sem apoiar nomes de outros partidos . Temos que colocar candidato nosso no Rio, São Paulo e em outros estados. Ganhamos duas vezes sem apoio de ninguém, porque não podemos ganhar a terceira?", indagou.

A candidata Iriny Lopes, da corrente Esquerda Socialista, disse que o partido precisa discutir o programa de governo de Dilma antes de lançar oficialmente o nome da petista na corrida ao Palácio do Planalto. "A ministra Dilma é candidata do PT, mobiliza todas as forças na disputa de 2010. Um dos pontos centrais é discutir um programa de governo para 2010", disse.
O deputado Geraldo Magela (PT-DF), da corrente Movimento: partido para todos, afirmou que a eleição de Dilma vai permitir ao partido ter um "terceiro mandato" no comando do país. "A conquista do terceiro mandato não é objetivo apenas do PT, mas é necessidade do povo brasileiro. Temos que eleger a ministra Dilma presidente do Brasil. Ter mais de um palanque em alguns Estados ajuda, não atrapalha. A política de alianças deve ajudar, não atrapalhar as alianças nos Estados", afirmou.
Disputa
Os seis candidatos participaram nesta sexta-feira de debate dentro do processo de escolha do novo presidente do PT. No total, o partido vai realizar 11 debates até o início de novembro. As eleições internas para escolha do presidente do PT ocorrem em dezembro.

Fonte: Folha de S.Paulo.

1 Comentários:

Às outubro 18, 2009 , Anonymous Sérgio Lopes - SP disse...

O pslanque da Dilma nos maiores colégios eleitorais do país vai ser mais dividido do que a faixa de Gaza.

Em São Paulo, então, a votação desta mulher vai ser ridículoa. O PT não tem candidato forte ao governo,por isso, esse desespero para que o Ciro saia candidato.

Caminho livre para o Geraldo. E da-lhe Alckmin!

 

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