Por que há tantas ONGs no Brasil?
Acreditamos que ninguém, em sã consciência, negue o quanto são úteis as ONGs (Organizações Não Governamentais) em qualquer sociedade. Além de auxiliar o poder público no atendimento às pessoas mais carentes, as ONGs têm, por natureza, a virtude de despertar nas pessoas o amor e a solidariedade.
Mas, infelizmente, como ocorre em qualquer comunidade, há sempre as maçãs podres que mancham e estragam as frutas boas. No caso das ONGs, há também as desonestas que acabam por manchar a imagem e a reputação das honestas. Muitas são criadas e mantidas por políticos. Por isso, todas acabam sendo julgadas, errôneamente, como se fossem de um mesmo saco.
Não temos números atuais para mensurar o que é hoje o mundo das ONGs no Brasil. Só para se ter uma idéia, citamos uma matéria do jornal O Globo, de 2006, dando conta de um aumento de 1.180% no número de ONGs em apenas 4 anos, ou seja, de 2002 a 2006. A matéria informa também que entre 2001 e 2006, essas organizações sem fins lucrativos receberam um total de R$ 14 bilhões do governo Federal. De lá para cá esse número não diminuiu.
Nos últimos três dias a imprensa brasileira e do exterior não fala em outra senão nas acusações contra o ministro Orlando Silva (Esporte). São acusações sobre desvios de verbas do programa Segundo Tempo que tem convênios com algumas ONGs do meio esportivo. Será que num país com instituições fortes, seriam necessárias tantas ONGs para intermediar verbas públicas? Preocupada com esse cenário, a presidente Dilma Rousseff já pediu maior rigor nos convênios. Isto seria importantíssimo para o país, para o povo e para as próprias ONGs.
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