Decisão de juiz carioca causa perplexidade à população
A decisão de um juiz do Rio Janeiro, no final de julho, deixou assustada e decepcionada a família de uma vítima de violenta agressão, como também causou perplexidade à população pela alegação do magistrado. Trata-se de um processo de violentíssima agressão praticada por cinco jovens de classe média alta contra um estudante, que teve múltiplas fraturas e precisou de 63 parafusos na reconstrução da face. E, inexplicavelmente, cinco meses depois, um juiz libera os agressores do júri popular, alegando que não houve dolo.
O fato aconteceu no dia 2 de fevereiro, na Ilha do Governador, onde o estudante Vitor Suarez Cunha, de 21 anos, tentou socorrer um morador de rua, que estava sendo agredido por Tadeu Ferreira, Willian Freitas, Felipe Santos, Edson Luis Junior e Rafael Zanini. Inconformados, os agressores começaram a dar socos e pontapés em Vitor e só pararam depois que a vítima ficou desacordada no chão. Levado para o hospital, o estudante ficou internado na UTI por vários meses. No hospital, Vitor passou por uma cirurgia de reconstrução da face e precisou receber oito placas de titânio na testa e no céu da boca, além de 63 parafusos.
Agora, no entanto, o juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal do Rio, considerou que não houve dolo na agressão e que os acusados não tiveram a intenção de matar a vítima. Então, diante dessa decisão, fica uma pergunta no ar: seria necessário mais o quê nesse caso para o juiz considerá-lo doloso? Que a vítima ficasse cega e com duas pernas amputadas? O pior é que esse fato de impunidade possa incentivar outros agressores.
Acompanhe Renato Ferreira também Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira
e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial