sexta-feira, junho 22, 2012

Além da cachoeira de corrupção, juízes são ameaçados

Já faz mais de um mês que o Brasil acompanha, ansioso, as investigações da CPMI do Cachoeira, instalada no Congresso Nacional para investigar as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. E, depois de um festival de depoimentos adiados ou de total silêncio dos depoentes, surge, agora um fato ainda mais grave que os crimes investigados: ameaças de morte contra juízes e promotores.

Nesta semana, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava a Operação Monte Carlo, que culminou com a prisão de Carlinhos Cachoeira, pediu afastamento do caso por ter recebido ameaça de morte. Em ofício ao corregedor-geral do Tribunal Regional da 1ª Região, o juiz afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em “situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás”. Seus familiares teriam sido procurados por policiais. A promotora do caso também afirmou estar sendo ameaçada.

 

Este juiz tem todo o direito de pedir afastamento e levar a sério essas denúncias, pois quem não se lembra do final dramático da juíza Patrícia Acioli assassinada em agosto de 2011 no Rio Janeiro? Patrícia atuava num caso de corrupção envolvendo policiais militares e acabou sendo assassinada pelos principais acusados.

 

Trata-se, portanto, de uma situação preocupante para a sociedade brasileira. Afinal, se não bastasse o absurdo dos crimes cometidos, agora, os criminosos, diante da impunidade no país, partem também para ameaçar juízes e seus familiares. Onde vamos parar?

 


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