quarta-feira, outubro 17, 2012

Justiça de Minas condena José Genoino e Delúbio Soares por falsidade ideológica

Em termos de Justiça e aplicação de penas no pais, o povo brasileiro deve estar sentindo-se de alma lavada nos últimos meses, pois, o notíciário está recheado de políticos importantes sendo condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos mais diversos crimes, como corrupção - ativa e passiva - peculato, empréstimos fraudulentos e lavagem de dinheiro. E quem está ficando com a imagem manchada fortemente é o PT, depois que os ministros do STF afastaram a tese de caixa dois e condenaram diversos membros do partido pela prática dos crimes mencionados.


Nesta terça-feira, 16, depois de condenados pelos ministros do STF, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, foram condenados pela juíza da 4ª Vara de Justiça Federal de Minas Gerais, desta vez pelo crime de falsidade ideológica, em um processo que foi desdobramento do mensalão. Na mesma ação, a juiza condenou também o publicitário Marcos Valério, seus sócios e dirigentes do BMG pelo mesmo crime.

De acordo com a juíza Camila Franco e Silva Velano, da 4ª Vara, que proferiu a sentença, houve fraude nos empréstimos concedidos pelo banco BMG para a agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, e para o Partido dos Trabalhadores em 2005.


Segundo a juíza, ficaram “cabalmente demonstradas” as atuações de José Genoino, Delúbio Soares e do grupo do publicitário Marcos Valério em “declarações ideologicamente falsas em documento particular, de forma livre e consciente, razão pela qual se impõe a condenação dos acusados”.


Genoino e Delúbio foram sentenciados a quatro anos de prisão cada um. Já Valério teve pena de quatro anos e meio. O processo voltou para a primeira instância da Justiça depois que Genoino perdeu foro privilegiado no Supremo ao deixar de ser deputado federal em 2011. No julgamento do mensalão, Genoino e Delúbio já foram condenados por corrupção ativa. Eles ainda serão julgados pelo crime de formação de quadrilha, que começou a ser analisado nesta quarta-feira.


Ao se referir a Genoino, a juíza afirmou que “a motivação do crime foi ganância de poder, aliada à certeza de impunidade, além do ideal de sobreposição do Partido dos Trabalhadores no cenário político da época”. Ela pediu que o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do mensalão, fosse comunicado de sua decisão.


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