sexta-feira, dezembro 21, 2012

João Paulo Cunha - "Minha vida pública é um livro aberto. Tenho as mãos limpas"

Nesta quinta-feira, 20, o deputado Federal João Paulo Cunha (PT-SP), concedeu uma entrevista exclusiva ao editor deste blog, ocasião em que fez uma abrangente análise da Ação Penal 470, conhecida como o mensalão, cujo julgamento foi encerrado na semana passada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta entrevista, Joao Paulo reiteira suas críticas a esse julgamento, classificado por ele como um julgamento político e midiático.


O deputado petista, condenado a mais de 9 anos, fala também dos momentos difíceis pelos quais vem passando nesses últimos anos, da esperança que tem em provar a sua inocência por meio dos recursos que sua defesa vai apresentar ao SFT e do apoio que sempre recebeu da militância e dos amigos, não somente do PT, mas, também de outros partidos políticos e dos mais deiversos segmentos sociais. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:


- Como o sr. analisa esse julgamento? Em entrevistas anteriores, o sr disse concordar com outras lideranças petistas que afirmam ter sido um julgamento político. Por quê?
O julgamento da Ação Penal 470, foi, de maneira evidente, influenciado por questões políticas e ideológicas. Primeiro, porque foi realizado durante o processo eleitoral, o que foi um completo absurdo. O STF não deveria permitir que um julgamento desta importância fosse usado eleitoralmente, como o foi, por setores da oposição e da grande mídia. O próprio Procurador Geral da Republica disse para a imprensa que “era bom” que o julgamento fosse usado nas eleições, o que é um completo disparate, partindo da boca dessa autoridade...


- O atual presidente da Câmara, Marco Maia, disse anteriormente que não cumpriria a decisão do STF, caso fosse essa da perda imediata dos mandatos. O sr. concorda com ele?
O presidente da Câmara dos Deputados está correto em defender as prerrogativas do poder legislativo. Neste caso, a Constituição Federal, como já citei, tem um claríssimo Artigo 55, que define a prerrogativa sobre o destino dos mandatos dos deputados ao poder legislativo. Os poderes constituídos, executivo, legislativo e judiciário são independentes e autônomos. Nenhum poder está acima dos outros, sendo o mais importante. Todos devem zelar pelo cumprimento da Constituição Federal e cooperar pelo bem do país. Não se trata, portanto, de somente concordar com o presidente Marco Maia, mas de exigir o cumprimento da Constituição Federal.


- O sr. pensou em renunciar ao mandato ou desistir da vida pública, ou pensa em fazê-lo? Jamais usei o instrumento da renúncia para me beneficiar, na minha trajetória como parlamentar e não seria agora que renunciaria. Vou continuar lutando, em quantos fóruns jurídicos e políticos forem necessários, para provar a minha inocência. Minha vida pública é um livro aberto. Tenho as mãos limpas. E a história de mais de trinta anos de um mandato popular e democrático, que registra inúmeras conquistas que estarão marcadas para sempre, com melhorias em várias cidades do estado de São Paulo, como vitórias do movimento popular, sindical e democrático em geral.


- O sr. errou naquele momento ao pedir para a sua esposa pegar o dinheiro no Banco Rural?
Pedi recursos ao meu partido, para gastos eleitorais, como fazem todos os políticos do país. Fui orientado a receber daquela forma os recursos do partido. A participação de minha esposa foi de absoluta boa fé. Tanto que ela entregou documento e assinou, mostrando que não tinha nada a esconder.


Esta entrevista foi publicada também na edição do Correio Paulista, desta sexta-feira, 21: www.correiopaulista.com


Você pode ver também a íntegra desta entrevisa no site do deputado João Paulo: http://www.joaopaulo.org.br/mandato/noticias-do-mandato/4706-entrevista-ao-correio-paulista-minha-vida-publica-e-um-livro-aberto-tenho-as-maos-limpas


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