PT, PSD e aliados implantam a didatura partidária no Brasil

Em sessão tumultuada, nesta quarta-feira, 17,  a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que restringe a liberdade partidária aos novos partidos, afetando, principalmente, o MD (Mobilização Democrática), fruto da fusão do PPS com o PMN,  e o futuro Rede da Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva. Como também a proibe a transferência de parlamentares sem a consequente perda do mandato. Coordenados à distãncia pela ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), os governistas passaram como um trator sobre a oposição.

 

Até o PSD

Essa atitude de falta de liberdade do PT e dos aliados, que fazem de tudo para se manter no poder, não deve ser novidade pra ninguém, porém, o estranho é ver nesse grupo de “ditadura partidária”,  o PSD, que foi formado no ano passado e que obteve todos os direitos, como o dinheiro do Fundo Partidário e o tempo da TV, benefícios que, agora, eles negam aos novos partidos.

 

 

Com certeza, um país que tem mais de 30 partidos políticos, a maioria de aluguel e que só serve para receber dinheiro público e obedecer quem está no poder, não pode ser levado a sério. É importante que se faça uma reforma política séria, mas, não com esse negócio de listas fechadas e de financiamento público - outra forma de meter a mão no dinheiro do povo. O que não entendemos é o golpe e o casuísmo. Pois se até ontem, a regra era essa, não se pode mudar tudo da noite para o dia só para beneficiar quem está no poder.

 

A participação do PSD nessa vototação a favor da restrição aos novos partidos, é a mais gritante prova de casuísmo. Em várias cidades, como em Osasco, na Grande São Paulo, o PSD foi beneficiado. O vereador osasquense Josias da Juco, que era do PP e ingressou no PSD, chegou a ser ameaçado de perder o mandato por infidelidade partidária. Mas, não perdeu, justamente, porque o PSD era um novo partido. Será que o PT e o PSD têm medo de perder  parlamentares para os novos partidos? Puro casuísmo!

 

A razão de tudo

Mas, a verdadeira causa desse golpe dos partidos governistas, tem nome e endereço: Marina Silva e Eduardo Campos, pré-candidatos à Presidência da República e adversários da presidente Dilma Rousserff. E claro, o governo petista não quer que eles tenham dinheiro e nem tempo de TV para fazer campanha.

 

Durante a votação, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), foi cirúrgico em sua fala: "O PSD migrou para o governo e agora o PT, o PMDB e outros aliados querem restringir a liberdade partidária, impedir que outros partidos tenham o mesmo direito consagrado na Constituição”.

 

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