segunda-feira, janeiro 06, 2014

Insistência de Marina pode rachar PSB paulista

Marina Silva e Eduardo CamposNos últimos dias e, principalmente, no último final de semana, a imprensa brasileira tem noticiado que está muito próximo o anúncio da decisão da ex-senadora Marina Silva (fundadora da Rede Sustentabilidade e  recém-filiada ao PSB) de aceitar ser a vice na chapa de Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República. Na verdade, quem está impondo essa condição é a própria Marina para, assim, afastar a possibilidade de uma aliança entre o PSB e o PSDB em São Paulo. Aqui, Marina Silva defende uma candidatura própria socialista e o nome indicado por Marina é o da deputada Federal, Luiza Erundina, que já foi prefeita da Capital.


Só que esta insistência de Marina Silva poderá rachar o PSB paulista, cujas principais lideranças, como presidente estadual da legenda, deputado Márcio França, defendem a aliança com os tucanos. Para Márcio França, essa aliança vai depender do espaço que a legenda terá numa eventual coligação. O próprio deputado socialista, que já foi secretário de Alckmin, afirma que se o governador tucano oferecer ao PSB a vaga de vice em sua chapa, posto para o qual o próprio França é cotado, os dois partidos voltarão a discutir a aliança.


Por outro lado, a insistência de Marina Silva em vetar o apoio do partido à reeleição de Geraldo Alckmin, não impediu que tucanos e socialistas se aproximassem ainda mais em Pernambuco, estado governado por Eduardo Campos. No final de dezembro de 2013, Campos oficializou a entrada do PSDB em seu governo, empossando dois tucanos em sua administração, um na Secretaria de Trabalho e outro na presidência do Detran.


Dois palanques
A possibilidade de o PSB ter candidatura própria em São Paulo divide opiniões tanto do lado socialista, como do lado tucano. Em dezembro, Eduardo Campos e o senador Aécio Neves (PMDB-MG) e pré candidato à Presidência, encontraram-se em um jantar no Rio de Janeiro, quando discutiram possíveis acordos entre as duas siglas nos Estados. Além de Pernambuco e São Paulo, os presidenciáveis avaliam também a possibilidade de dividirem palanques em Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul.


E se para alguns aliados de Marina Silva a candidatura própria do PSB em São Paulo é um fato que poderia alavancar a candidatura de Eduardo Campos, algumas lideranças tucana vêem também com bons olhos a candidatura socialista. Segundo os  tucanos, essa candidatura fortaleceria Aécio no maior colégio eleitoral do país, uma vez que, na opinião deles, Erundina tiraria votos do candidato petista Alexandre Padilha.


Segundo o jornal O Diário de Pernambuco, em sua edição de sábado, dia 4, na sexta-feira, 3, Marina Silva teria aceitado ser a vice de Campos e, agora, as lideranças socialistas aguardam que a própria Marna faça o anúncio, em público, até o final de janeiro. Segundo a matéria, o ingresso dos tucanos no governo de Pernambuco teria influenciado a decisão de Marina Silva em aceitar a posição de vice como forma de garantir a "palavra" de Campos de que o PSB não iria apoiar a reeleição de Alckmin em São Paulo.


Resta saber, agora, qual será a reação de Márcio França, principal liderança e mandatário do PSB paulista, caso o partido venha mesmo se afastar dos tucanos e concorrer com Alckmin no estado. Na última pesquisa do Datafolha, em dezembro, Marina Silva figurava em segundo lugar, atrás da petista Dilma Roussef. Marina aparece nessa pesquisa com 26%. Aécio fica em terceiro lugar e Eduardo campos, em quarto, com 11%  na preferência do eleitorado.


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