Agora, não é somente os presos que estão sendo mortos e decapitados por rivais nas prisões do Maranhão. A população desse que é um dos mais pobres estado do Brasil, está também virando vítima da ação criminosa desses bandidos e da omissão dos governantes. Nesta segunda-feira, 6, a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve mais de 95% do corpo queimado dentro e umo ônibus atacado na sexta-feira,3, em São Luís, morreu no hospital. Após o ataque, Ana Clara foi internada num Pronto Socorro e depois transferida para o Hospital Juvêncio Matos, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer na madrugada de h0je.
Além de Ana Clara, a sua mãe Juliane Carvalho Santos e a irmã Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, foram também atacadas no ônibus da Vila Sarney, quando criminosos atearam fogo com os passageiros dentro do veículo. A mãe e a bebê ainda continuam internadas.
Segundo informações das autoridades do Maranhão, os ataques foram realizados a mando dos líderes de facções criminosas, como retaliação à presença de policiais nos presídios, onde diversos presos foram assassinados nos últimos dias. E em resposta ao atos criminosos contra a população, no último domingo, 10 envolvidos foram apresentados pelas Polícias Militar e Civil. Outra operação prendeu nesta segunda-feira, mais seis envolvidos.
Após a prisão dos primeiros envolvidos nos ataques, no domingo, o secretário de Segurança do Maranhão, Aluísio Mendes, informou que a ação da polícia foi imediata e que a mesma serviu para evitar outros crimes, Segundo o secretário, a ordem para que ônibus fossem incendiados, como também o ataque a delegacias e a policiais, partiu de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Mendes informou que a autorização foi dada pelo criminoso Jorge Henrique Amorim Matias, o "Dragão", e recebido por Hilton Jh0n Alves Araújo, o "Praguinha", em liberdade.
Problema nacional
Para o secretário de Segurança do Maranhão, esses episódios serviram para mostrar o modus operandi dos grupos criminosos que agem em todo o Brasil. E ele tem razão. Crimes semelhantes já aconteceram em estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros.
Aluísio Mendes informou ainda que em 2013, 85% dos homicídios no Maranhão foram relacionados ao tráfico de droga e que a comunicação de detentos de dentro para fora do presídio. É um problema que atinge todo o sistema prisional brasileiro, pois ainda não há tecnologia eficiente.
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Julian Jeferson, Lavardiere Silva Junior e Sansão dos Santos Sales são suspeitos dos ataques a ônibus em São Luís |
Opinião (Renato Ferreira)
Esses crimes violentos que estão acontecendo dentro e fora dos presídios do Maranhão, denegrindo a imagem do país no exterior, infelizmente, não são atos isolados apenas naquele estado. Como disse o secretário de Segurança do Maranhão, isso é um problema nacional.
E engana-se quem insiste em acreditar que esses atos animalescos só ocorrem nos estados mais pobres do Brasil, ou apenas em presídios como o de Pedrinhas. Casos semelhantes, como rebeliões violentas, arrastões em praias e condomínios, como também delegacias e ônibus incendiados já estão se transformando em notícias comuns no país.
As facções do crime organizado estão tomando conta do Brasil. Até quando vamos noticiar fatos como estes envolvendo não somente os detentos, mas, também os cidadãos brasileiros, sem que as autoridades tomem providências urgentes para retomar as rédeas da segurança pública? Ou, será que a população brasileira vai ter que se acostumar com balas perdidas, arrastões, ônibus queimados e até com cadáveres nas ruas, como o se o país estivesse numa guerra civil?
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