quinta-feira, março 06, 2014

Lula se reúne com Dilma por aliança com o PMDB

Lula com Dilma por aliança com o PMDBPara tentar diminuir as tensões entre petistas e peemedebistas que, inclusive, ameaçam a manutenção da aliança entre o governo Dilma e o maior partido da base governista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira, 5, em Brasília,  onde se reuniu com a presidente Dilma Roussef. Com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse e acalmar os ânimos entre os dois partidos, a reunião contou também com outras lideranças petistas, como o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, o marqueteiro João Santana, o jornalista Franklin Martins, que será o coordenador da comunicação da Dilma, o tesoureiro Edinho Silva, e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Entre Lula e a cúpula petista, corre boato dando conta que "Dilma teria que ser mais política" para evitar outros confrontos com os peemedebistas. 


E a reunião entre Lula e Dilma acontece num momento crucial, uma vez que no final de semana, o líder do PMDB na Câmara, pregou o "rompimento" da aliança com o PT, alegando que "o PMDB não está sendo respeitado pelo PT".  Pelo Twitter, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendeu que o seu partido "deveria repensar a parceria com o PT". No domingo, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou que a "situação está ficando insustentável". Raupp também cobrou do Governo uma solução para a reforma ministerial que encontra-se empacada nas mãos da presidente Dilma Rousseff.


Segundo fontes do Governo, a reunião entre Dilma e Lula já estava marcada antes das declarações do deputado Eduardo Cunha.  Para um ministro ouvido pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo, "Lula saberá avaliar se o PMDB quer mesmo sair de verdade da coalizão ou se quer sair para poder entrar mais", disse o ministro, que não quis se identificar.  


A foto do encontro entre Dilma e Lula foi divulgada pelo Instituto Lula, com o objetivo de desfazer boatos de que o relacionamento entre ambos está  estremecido. Esses boatos surgiram nos últimos dias, depois que parlamentares petistas e empresários teriam procurado o Instituto Lula e até mesmo iniciado um coro de "Volta Lula", que, no entanto, não tem autorização do próprio Lula, segundo seus assessores.


Clima tenso
Mas, mesmo diante do desmentido de que haja descontentes com os rumos do governo Dilma, pelo lado dos peemedebistas, o discurso é de que a crise iniciada na Câmara dos Deputados poderá se estender também ao Senado. "A presidente Dilma não quer ceder, acha que o PMDB está forçando a barra. Só que agora está insustentável e a crise já está chegando ao Senado", frisou Valdir Raupp. E, segundo o presidente do PMDB, são muitos os motivos da crise entre os dois partidos e, um deles é a divisão que há em vários estados, onde os dois partidos terão candidatura própria à sucessão estadual, nos quais o PMDB exige o apoio do governo e do PT. Caso isso não ocorra, por exemplo, em estados como na Bahia, Ceará, Paraíba e Rio de Janeiro, dentre outros, o PMDB já estuda a possibilidade de apoiar a oposição, pregando o rompimento da aliança com o governo Federal. 


Impasse
E, enquanto a cúpula petista tenta buscar a paz para manter a aliança, dirigentes do PMDB continuam colocando lenha na fogueira. E os peemedebistas reclamam, principalmente, do número de ministérios nas mãos da legenda, que comanda 5 Pastas, enquanto o PT tem 17 Ministérios. "Eu esperava mais do Mercadante na articulação política do governo", disse Eduardo Cunha ao Estado. "Somos chamados de fisiológicos, mas é o Rui Falcão que está sempre atrás de uma boquinha."


Por sua vez, Rui Falcão preferiu o silêncio. Já o senador Raupp afirmou:  "Torço para que a paz volte a reinar e estou disposto a ajudar a apagar incêndio,  mas confesso que estou muito preocupado. A insatisfação é geral, está muito complicado".  "O PT nunca respeitou o PMDB. Somos só 6 minutos de propaganda eleitoral para eles. Nada mais!", disse o deputado Osmar Terra (PMDB-RS).


Já o líder do PT na Câmara, Vicentinho Paulo da Silva (SP), optou pelo também discurso da paz.  "Será que Eduardo Cunha não quer que o Temer seja vice de novo de Dilma? Não posso acreditar que um partido que tem a Vice-Presidência da República decida sair agora."


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