quarta-feira, abril 23, 2014

Há oito anos, o mestre Telê deixava o Brasil mais triste

Aos 74 anos, Telê Santana morreu em 2006

Ele não foi campeão mundial com a Seleção Brasileira, mas, nem por isso deixou de ser amado pelo Brasil. Pelo seu profissionalismo, dedicação e seriedade, Telê Santana é uma unanimidade dentro e fora das quatro linhas. Um treinador que deixou muita saudade e um vazio no futebol brasileiro.

Faz oito que o Mestre Telê deixou o Brasil mais triste. O dia 21 de abril de 2006 ficaria marcado na história do futebol pela morte de um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil. Aos 74 anos, Telê Santana morria em Belo Horizonte, vítima de falência  múltipla dos órgãos. Ele era diabético.

Título mundial contra o Milan em 1993
Em 1993, o Tricolor de Telê venceu o Milan e conquistou o seu primeiro título mundial de Clubes no Japão
Como jogador, o "Fio de Esperança" atuou pelo Fluminense, Guarani, Madureira e Vasco da Gama. Como treinador, o Mestre Telê se destacou no Atlético Mineiro, onde conquistou o primeiro título de campeão nacional do Galo, em 1971. Posteriormente, à carreira de treinador seriam acrescentadas as passagens brilhantes pelas Copas de 1982 e 86,  e pelas conquistas do bicampeonato do Mundial de  Clubes  em 92 e 93 e da Libertadores com o São Paulo Futebol Clube.

Telê é unanimidade nacional, mas, sem dúvida, duas torcidas o consideram como ídolo de primeira grandeza: a do Galo e a do Tricolor do Morumbi. No São Paulo, Telê teve duas passagens de destaque nos anos 1990. Conforme as estatísticas mostram,  Telê é o técnico mais vencedor da história são-paulina. 

No total,  foram dez títulos oficiais conquistados, incluindo os bicampeonatos da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes do Tricolor. E a torcida são-paulina também não esquece de outros tantos títulos que o time conquistou sob a batuta do Mestre Telê Santana. 

Além da competência como treinador que cativava os jogadores, o que os torcedores do Tricolor não esquecem também é a sua obstinação e dedicação ao clube. Era um amante do futebol arte e detestava jogadas violentas. Seus times sempre encantaram pelo futebol de toques rápidos e envolventes. Sempre trabalhou incansavelmente para melhorar a qualidade do futebol brasileiro, exigindo total dedicação dos jogadores nos treinamentos. Mas, não deixava de questionar também o futebol fora de campo, como os métodos das arbitragens, regulamentos e atitudes dos dirigentes. 

Dedicava-se tanto ao futebol e à sua perfeição, que chegou a morar no CT (Centro de Treinamento) do Tricolor. Com certeza, por essas atitudes simples, Telê sempre foi considerado e elogiado por todos. Sem dúvida, um Mestre.

Telê Santana na Seleção
Telê na Seleção
Telê dirigiu a Seleção em dois Mundiais. E nas duas ocasiões, formou excelentes times, mas, parece que no seu destino com a seleção não estava escrito a palavra campeã. No México, em 1986, além da infelicidade nos pênaltis, o título ficou com a Argentina, naquela que foi considerada a Copa do Maradona.

Mas, não foi pela falta de um título com a Seleção, que Telê ficou menor. Ao contrário, em 1982, com certeza, foi pelas mãos de Telê Santana, que o Brasil formou uma das maiores seleções que o mundo já viu jogar. Certamente,  no mesmo nível da seleção tricampeã no México, em 1970, com Pelé, Gerson, Rivelino, Tostão e Jarzinho. 

Seleção de 1982, que encantou o mundo
Seleção de 1982, uma das maiores de todos os tempos e que encantou o mundo
Nos campos da Espanha o planeta viu mais uma vez a grandeza do futebol brasileiro com Oscar, Falcão, Cerezzo, Sócrates e Zico. Mas, não deu. No estádio Sarriá, o italiano Paolo Rossi, num detalhe, tirou o Brasil da Copa e do "quase" certo título de tetracampeão, que viria 12 anos mais tarde, em 1994, na Copa dos Estados Unidos. 

Títulos mais importantes de Telê Santana, como treinador:

Título de campeão brasileiro com o Atlético Mineiro em 1971

No São Paulo:  Campeão Mundial Interclubes 1992 e 1993; da Copa Libertadores da América 1992 e 1993, da Supercopa Sul-Americana de 1993; da Recopa Sul-Americana de 1993 e 1994, do Campeonato Brasileiro de 1991 e do Campeonato Paulista de 1991 e 1992. 

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