Desde que o Thiago Silva recebeu o cartão amarelo - o segundo - na partida contra a Colômbia, que o tirou do jogo contra a Alemanha na semifinal, uma corrente de comentaristas, como também grande parte dos torcedores brasileiros, tem defendido a escalação do zagueiro Dante, com uma justificativa:
- o Dante joga na Alemanha e conhece todos os jogadores alemães, com as suas virtudes e falhas. E isso poderia ser útil a Seleção Brasileira.
Eu não concordo plenamente com essa tese, pois, se assim fosse, teria que levar também em conta o outro lado dessa moeda. Ou seja, assim, como o Dante conhece os alemães, estes também o conhecem com as suas virtudes e seus defeitos e poderiam se beneficiar disso.
Então, eu não sou contra a escalação do Dante, mas, prefiro que seja escalado o melhor reserva, tanto em termos de técnica, tática e também em termos emocionais, neste momento para substituir o Alexandre Silva. E não apenas porque tal atleta joga em determinado país. Na Copa de 2006, na Alemanha, o mesmo fato ocorreu com o meia Juninho Pernambucano, que jogava na França. A maioria dos jornalistas defendia sua escalação contra os franceses pelo mesmo motivo, porém, mesmo com ele na equipe, o Brasil acabou perdendo da França.
Porque se for somente pelo fato do conhecimento que o Dante tem dos alemães, preferiria, então, que fosse outro zagueiro, como o Henrique, por exemplo. Pois, o Dante é um só para analisar, ou para já ter feito essa análise dos 11 jogadores alemães, enquanto os alemães podem contar com o técnico, seus auxiliares, médicos, massagistas, roupeiros e todos os funcionários do Bayern de Munique, que devem saber tudo e um pouco mais sobre o zagueiro brasileiro.
Então, escalando outro zagueiro, "desconhecido" dos alemães, eles não tirariam nenhum proveito desse conhecimento que possam ter do seu futebol. Até porque, "pau que dá em Chico, também dá em Francisco".
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