sábado, agosto 23, 2014

Ex-diretor da Petrobras negocia delação premiada

Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato, decide colaborar com as investigações

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos mais envolvidos nas denúncias contra a estatal, poderá contribuir com as investigações. Ele está decidido a falar tudo o que sabe sobre o caso de corrupção na Petrobras num acordo de delação premiada  — recurso pelo qual o réu fornece informações para a Justiça em troca de uma pena menor.  



A informação de que Paulo Roberto Costa decidiu fazer a delação premiada foi divulgada pelo repórter Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo. Costa teria se reunido com a advogada criminalista Beatriz Catta Preta na Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná. A advogada Beatriz é especialista na condução de delações premiadas.



O ex-diretor da Petrobras encontra-se encurralado pela nova fase da Operação Lava-Jato, que nesta sexta-feira 22, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas a ele. A negociação premiada é feita com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.  Nesse caso, os  investigadores esperam que o engenheiro revele novidades, ao contrário do que fez na CPI da Petrobras no Senado, em junho, quando negou envolvimento com a organização criminosa. Por outro lado, políticos de vários partidos temem que o depoimento de Costa possa causar estragos, uma vez que ele poderá revelar ramificações políticas de suas ações junto à Petrobras.



E o primeiro passo para uma delação premiada foi dado ontem  por Paulo Roberto Costa, preso desde o dia 11 de junho na Operação Lava-Jato. Costa trocou de advogado e, agora, é defendido por Beatriz Catta Preta. Ele é acusado de participar de esquema de lavagem de dinheiro, ao lado do doleiro Alberto Yousseff. Segundo informações de autoridades suíças, repassadas à Justiça Brasileira, Costa tem contas com U$ 23 milhões naquele país. Ele é acusado também de superfaturamento em obras da Petrobras em troca de suborno e por ocultação de provas. O engenheiro foi diretor de Refino e Abastecimento da estatal entre 2004 e 2012.



O acordo para se efetivar a delação premiada ainda precisa ser homologado pela Justiça Federal e submetido ao Ministério Público Federal. E para isso acontecer, o réu precisa convencer os investigadores de que possui informações importantes que possam colaborar com a apuração das denúncias de crime. Recentemente, Paulo Roberto Costa revelou "que se falar tudo que sabe muitos políticos poderão ser incriminados".



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