Ex-diretor da Petrobras negocia delação premiada
Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato, decide colaborar com as investigações |
O ex-diretor da Petrobras encontra-se encurralado pela nova fase da Operação Lava-Jato, que nesta sexta-feira 22, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas a ele. A negociação premiada é feita com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Nesse caso, os investigadores esperam que o engenheiro revele novidades, ao contrário do que fez na CPI da Petrobras no Senado, em junho, quando negou envolvimento com a organização criminosa. Por outro lado, políticos de vários partidos temem que o depoimento de Costa possa causar estragos, uma vez que ele poderá revelar ramificações políticas de suas ações junto à Petrobras.
E o primeiro passo para uma delação premiada foi dado ontem por Paulo Roberto Costa, preso desde o dia 11 de junho na Operação Lava-Jato. Costa trocou de advogado e, agora, é defendido por Beatriz Catta Preta. Ele é acusado de participar de esquema de lavagem de dinheiro, ao lado do doleiro Alberto Yousseff. Segundo informações de autoridades suíças, repassadas à Justiça Brasileira, Costa tem contas com U$ 23 milhões naquele país. Ele é acusado também de superfaturamento em obras da Petrobras em troca de suborno e por ocultação de provas. O engenheiro foi diretor de Refino e Abastecimento da estatal entre 2004 e 2012.
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