terça-feira, agosto 26, 2014

Osasco também tem a sua Comissão da Verdade

Seguindo os passos da União e de outros entes Federativos do Brasil, a cidade de Osasco, não região Oeste da Grande São Paulo, já tem também formada a sua Comissão da Verdade.  Instituída pela Lei nº 4.650, de 14 de agosto, de autoria da vereadora Mazé Favarão (PT), a Comissão Municipal da Verdade de Osasco (CMVO), cuja posse ocorreu no último dia 21, na Câmara Municipal, visa contribuir com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada pela Lei nº 12.528, de 18 de novembro de 2011, na apuração das violações de direitos humanos ocorridas na cidade de Osasco durante o período da ditadura militar entre 1964 a 1985.


E a primeira reunião oficial da CMVO, para definir os primeiros passos da Comissão,  foi realizada na sexta-feira, 22, na Coordenadoria de Relações Internacionais, sediada no prédio da Prefeitura de Osasco.


“Considero uma reunião bastante produtiva, deliberativa e encaminhadora de decisões. Conversamos sobre como será o regime de funcionamento da comissão, quais serão as subcomissões, onde podemos arquivar os documentos e os locais de reuniões. Enfim, considero um importante trabalho para a história do nosso país”, disse a vereadora e coordenadora da subcomissão de Equilíbrio Federativo da CMVO, Mazé Favarão, que resumiu esse momento histórico com a frase citada no filme “Uma História de Amor e Fúria” (2013), de Luiz Bolognesi: “Viver sem conhecer o passado é como andar no escuro”. 


Entre outros temas abordados na reunião, os membros da Comissão Municipal da Verdade de Osasco criaram as subcomissões e os cargos que seus sete membros passam a ocupar. Que são os seguintes: advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção de Osasco, Albertino de Souza Oliva, coordenador geral da CMVO; coordenador de Relações Internacionais de Osasco, Luciano Jurcovichi Costa, vice-coordenador geral da CMVO; diretor acadêmico do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Murilo Leal Neto, coordenador da subcomissão de Agentes que investigará quem foram os torturadores atuantes no município; diretor do Centro Universitário Fieo (Unifieo) e coordenador do curso de Comércio Exterior, Antônio Carlos Casulari Roxo da Mota, coordenador da subcomissão de Locais/Centro de Tortura e Investigação que visitará os locais onde houve práticas de violações de direitos humanos; advogado e ex-secretário geral da OAB subseção de Osasco, Aparecido José Dias, coordenador da subcomissão de Vítimas que investigará as vítimas da ditadura e colherá depoimentos; presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno Rodrigues, coordenador da subcomissão de Entidades da Sociedade Civil que identificará a maneira pela qual a ditadura interferiu na sociedade civil e entidades como sindicatos e movimentos estudantis e vereadora Maria José Favarão (Mazé Favarão), coordenadora da subcomissão de Equilíbrio Federativo que investigará como os militares interviram na legislação, nos quadros de funcionários e no funcionamento na Prefeitura de Osasco e na Câmara Municipal.


Participaram também dessa primeira reunião, Roque Aparecido da Silva e  o jornalista Antonio Roberto Espinosa, que ao lado de dezenas de testemunhas vão prestar seus depoimentos na CMVO. Roque e Espinosa participaram ativamente dos movimentos contra a ditadura militar no Brasil. (Informações de Alessandra Neves - Foto: Filipi Nunes/PMO)



Acompanhe Renato Ferreira também no Quintal da Notícia: www.quintaldanoticia.com.br 

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->