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Segundo a PF, Romeu Tuma jr tem que prestar depoimento sobre denúncias contra o governo petista narradas em seu livro. (Foto Paulo Vitale/VEJA) |
Conforme matéria publica há poucos minutos na página on line da revista Veja, nesta terça-feira, 5, a Polícia Federal tentou deter o ex-secretário Nacional de Justiça, o delegado Romeu Tuma Júnior, autor do livro "Assassinato de Reputações", onde ele faz críticas ao ex-presidente Lula e ao governo petista, tanto nos governos de Lula, como também na gestão da presidente Dilma Rousseff. Tuma Jr disse é "alvo de perseguição política" por causa das denúncias que fez no livro.
Conforme a matéria da revista, por volta da 11 horas, quatro policiais federais estiveram no escritório do delegado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, com ordens para conduzi-lo à Superintendência da Polícia Federal, mesmo que fosse de forma coercitiva.
O ex-secretário Nacional de Justiça do governo Lula, que escreveu o livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, chegou a postar em sua página do Facebook, que estava "prestes a ser preso" em seu próprio escritório. O livro narra episódios de bastidores que Tuma Jr alega que viu, ouviu e participou no exercício de seu cargo em Brasília.
Antes da detenção teria havido discussão e muito bate-boca. Segundo a matéria, os policiais informaram que Tuma Júnior deveria acompanhá-los para prestar depoimento no processo de investigação sobre as acusações. São acusações envolvendo membros do governo passado como como o então chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que continua no mesmo no atual governo, e o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), atual governador do Rio Grande do Sul.
No livro, Tuma Jr afirma que havia no governo petista "uma estrutura usada para produzir dossiês contra adversários políticos". Segundo o delegado, ele também teria ouvido do ministro Gilberto Carvalho "a confissão de que o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, teria sido assassinado após descobrir um esquema clandestino de arrecadação de dinheiro para beneficiar o PT".
Mesmo diante da ordem da Polícia Federal, Romeu Tuma Júnior se recusou a acompanhar os agentes. Ele alegou que a condução era ilegal. Tuma Jr afirmou também que um dos policiais federais informou apenas que estava cumprindo “ordens de Brasília”. “Estive lá em Brasília, na PF um vez e nem inquérito havia”, disse o delegado. "Isso é perseguição política”, afirmou Tuma Jr, que mais tarde compareceu à sede da PF, em São Paulo.
Atualizado às 17 horas
Após deixa a sede da Polícia Federal, Tuma Júnior disse que ficou lá por cerca de 40 minutos, mas, garantiu que não respondeu aos questionamentos. Ele afirmou que já havia prestado esses esclarecimentos sobre as denúncias do livro em procedimento da Delegacia Fazendária aberto no ano passado. "Não havia inquérito e, hoje, só registrei meu repúdio, pois, já havia sido ouvido. Apontei minha repulsa em se conduzir um advogado coercitivamente sem comunicar à OAB. A polícia está aparelhada, a gente nunca sabe o que vai acontecer", afirmou Tuma Júnior.
Sobre o ocorrido, o delegado Fabrizio Galli, da Delegacia Fazendária, afirmou que " Tuma Júnior recebeu intimações anteriores, mas não compareceu para prestar depoimentos".
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