terça-feira, agosto 22, 2006

O que é isso companheiro?

Parece que realmente a maré não anda boa para o deputado federal João Paulo Cunha (PT), ex-presidente da Câmara, que após o mensalão acabou sendo esquecido pelas principais lideranças petistas. Cotado, em 2005, como pré-candidato ao governo do Estado, cargo que disputava em igualdade de condições com o senador Aloísio Mercadante e com a ex-prefeita Marta Suplicy, hoje, o nome de João Paulo não é nem citado em comício do presidente Lula.
E isso não aconteceu em qualquer cidade. O fato se deu em Osasco, na Grande São Paulo, principal reduto eleitoral de João Paulo, no último domingo. Quem poderia imaginar, há pouco mais de dois anos, que o ex-metalúrgico, companheiro de luta de João Paulo e hoje presidente do Brasil, pudesse ir a Osasco num comício de reeleição e nem citar o nome do ex-presidente da Câmara? João Paulo ficou em outro palanque, atrás do palanque de Lula.
É o efeito do mensalão e dos sanguessugas. O fato acabou criando uma saia justa para o presidente da República, principalmente, quando os cabos eleitorais de João Paulo começaram a gritar pedindo que o presidente citasse o nome de seu candidato. Esperto, Lula saiu pela tangente e afirmou que não poderia pedir votos para nenhum candidato a deputado, porque muitos outros estavam no local e ele não poderia citar apenas o nome de um.
Mas é claro que não é isso que o presidente Lula gostaria de ter feito. É visível a sua tática de se distanciar do antigo PT, das pregações que fazia na oposição e de todos os "companheiros" envolvidos em denúncias e que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todos sabem que se o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RF), não tivesse trazido o caso mensalão à tona, além de citar João Paulo em sua cidade, todos os demais petistas, envolvidos em corrupção, como José Dirceu, José Genoíno, Antonio Palocci, Ângela Guadagnin - a dançarina - Professor Luizinho e José Mentor, dentre outros da base governista, estariam triunfantes ao lado da maior estrela petista que busca a reeleição. São os altos e baixos da política, sobretudo da política brasileira, onde a corrupção é a pauta de todos os dias.

1 Comentários:

Às agosto 23, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

SOBRE CORRUPÇÃO NA POLÍTICA...

Para o ótimo senador Cristovam Buarque (PDT), uma das honradas opções de candidatos à Presidência da República, quando um político rouba é chamado de corrupto, invés de ladrão. Ocorre que um ladrão quando rouba prejudica uma pessoa ou um grupo delas. Mas um político,
quando rouba, prejudica milhões de pessoas porque subtrai dinheiro público. O mesmo dinheiro que poderia ser utilizado para oferecer educação de qualidade para todos, só para dar um exemplo.
Ele comentou esse e muitos outros assuntos em entrevista a José Paulo de Andrade (Rádio BAND), nesta manhã. Para o economista Cristovam Buarque, "deveria ser crime hediondo roubar no exercício da política, da função pública".
Dia destes, em outras palavras, ouvi o mesmo comentário de um cidadão que segue a doutrina espírita: "o carma de um político desonesto é pior do que o carma de um ladrão".

 

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