No Senado, a minoria é "maior" que a maioria
Minoria "maior" no Senado
Na política, a matemática nem sempre é uma ciência exata. Na formação dos famosos blocos políticos, muitas vezes 2 + 2 não significa 4, principalmente, quando alguns tentam ser mais espertos. Nesses casos a "minoria" pode ser "maioria".
É o que ocorreu no Senado Federal, durante o processo eleitoral que reelegeu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Preocupados em perder a eleição para o PFL, os governistas tramaram numa noite a mudança do bloco governista, chamado de maioria, e atraíram para esse bloco, além do PT e dos descontentes do PMDB, outros partidos como PSB, PP, PTB, PR e outros.
A oposição reagiu rapidamente e também reformulou o seu grupo, que já era composto majoritariamente pelo PSDB e PFL, que passará a chamar PD (Partido Democrata). Com apoio de outros partidos menores, como o PSOL, a minoria, que terá como líder o senador Efraim de Morais (PFL-PB), terá um número maior de senadores do que o grupo da maioria. O fato gerou piadas para desespero da líder do PT, Ideli Salvatti (PT-SC) e delírio do velho ACM (PFL-BA). Esses desencontros são frutos da velha e safada legislação eleitoral brasileira, que permite a infedelidade partidária, partidos de aluguel e, é claro, mensalões, compras de parlamentares e todos os demais tipos de corrupção. Enquanto, isso vamos nos divertindo com o bloco da minoria maior que o da maoria no Senado. Até que alguns não sejam "atraídos" pelo poder do Governo.
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