Bruna Furlan - uma nova estrela na política de São Paulo

Jovem aguerrida e preocupada em servir a população. Essas características são facilmente notadas em Bruna Furlan, filha do prefeito Rubens Furlan, de Barueri. Aos 24 anos, formada em Direito e já com data marcada para iniciar o curso de pós-graduação em Gerência de Cidades, Bruna Furlan fala com desenvoltura e otimismo sobre os mais variados temas da vida política e administração pública. Nesta semana, acompanhada do vereador Marcos Neves (PMDB), pré-candidato a prefeito de Carapicuíba e apoiado por ela e seu pai, Bruna Furlan falou ao blog e discorreu sobre o trabalho social que desenvolve em sua cidade, seu papel à frente do PMDB Jovem e também sobre o seu futuro na vida pública. Ela confirmou que não será candidata a vereadora neste ano, até porque se filiou ao partido após o prazo determinado pela Justiça Eleitoral, destacando, porém, que se for da vontade do PMDB, em concordância com o grupo político que apóia o seu pai, ela não descarta a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2010.

Bruna, quando você nasceu, seu pai cumpria o primeiro mandato de prefeito em Baruei, ou seja, desde bebê você vive o clima político?

Eu costumo dizer que eu respiro política, porque o meu pai exala política. A vida inteira eu ouvi meu pai e o vi seguir uma linha política que muito me orgulha. Ele é muito verdadeiro em tudo que faz e muito entusiasmado. E é isso que eu quero levar para a minha vida pública também.

Quando e como surgiu o interesse em participar ativamente da vida política?

Na verdade eu já trabalho com o meu pai desde quando ele era deputado federal. Trabalhava atendendo a população e foi uma grande experiência. Porém, no ano passado, o meu amigo Marcos Neves me convidou a participar do PMDB Jovem da minha cidade e eu aceitei. A partir daí, comecei a participar das reuniões no Diretório e ele começou a me mostrar a política em Carapicuíba, uma cidade muito diferente da realidade de Barueri. Comecei a ver o quanto é diferente fazer política na adversidade e isso me entusiasmou ainda mais, sobretudo, porque precisamos sempre dedicar uma atenção ao povo que acredita e que elege os políticos. E se eles elegem é porque eles confiam no político. Portanto, é a esse povo que devemos servir sempre com as nossas ações. Além de meu pai, outra pessoa que também me incentivou e que muito me ensina é o deputado estadual e ex-prefeito Gil Arantes.

E como você analisa a sua função à frente do PMDB Jovem de Barueri?

Eu julgo muito importante a participação política, porque acredito também que as pessoas que não gostam de política estão fadadas a viverem sob o comando das que gostam. Então, a gente tem que começar desde cedo a usar a nossa juventude de uma forma acertada para construir o nosso futuro. Precisamos participar e canalizar a energia que o jovem tem para o lado político, porque o jovem precisa pensar no seu futuro, como na educação e na capacitação profissional através de escolas técnicas. Isso é essencial para que todos os jovens tenham condições de participar do mercado de trabalho em condições de igualdade.

Você acha que hoje os jovens brasileiros estão mais decepcionados com a política?

Cabe a nós, lideranças jovens, a responsabilidade de resgatar a esperança das pessoas tão desacreditadas com a política nacional. Não podemos apenas lamentar o que aconteceu no passado. Precisamos formar uma corrente de força e nos unirmos em torno do que nós acreditamos que é necessário para desenvolver o país que é nosso.

Você acha que é mais fácil conscientizar o jovem dessa participação no PMDB?

Falar do PMDB me emociona, porque há 30 anos o meu pai já lutava no bravo e histórico MDB, pela redemocratização do nosso país. Então eu sinto como se estivesse continuando aquela luta, não somente do meu pai mas de muitas outras pessoas históricas do PMDB. É um partido especial para mim por conta dessa história de luta pela democracia no Brasil.

E como é esse trabalho social que você desenvolve em Barueri?

Eu gostaria de afirmar que o meu trabalho na Administração Municipal de Barueri é desenvolvido de forma voluntária num projeto que se chama Inclusão Social pela Moradia. Costumo dizer que é fácil você mudar as pessoas de lugar, o difícil é mudar as pessoas. É um trabalho de conscientização. Fazemos condomínios e trabalhamos com as famílias. No Parque Imperial, por exemplo, trabalhamos com 90 famílias, com objetivo de resgatar a dignidade do cidadão por conta da exclusão social que ele foi vítima. Em seguida, trabalhamos a relação do indivíduo com a sua família e, por fim, tratamos da relação dele com a sociedade. Percebemos que depois de nove meses desenvolvendo esse trabalho de conscientização, ouvindo também a população, percebemos o quanto isso é importante, por exemplo, a população passa a preocupar-se na defesa do meio ambiente.

Qual a maior lição que você aprendeu com o seu pai?

Uma coisa que ouço o meu pai dizer desde a minha infância: se você quer ser político, você deve pensar somente em servir e não em ser servido. Vi o meu pai a vida inteira servir as pessoas e isso já faz parte da minha vida. Sem dúvida, esta é a maior lição que ele passa aos filhos. (Foto de Vitor Berrocozo)