Pelo andar da carruagem, o Brasil está prestes a sofrer mais um golpe político. Apesar do presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmar que é contra a idéia de um terceiro mandato, deputados do PT não deixam o assunto morrer no Congresso, onde defendem a realização de um plebiscito para que o povo "aprove" a re-reeleição de Lula. Ora, uma democracia sólida não se sustenta apenas no processo eleitoral livre. Ela se justifica e se sustenta justamente nas ações democráticas do governante.
Depois que o mensalão jogo por terra a idéia de perpetuar Lula no poder, sob a coordenação do ex-ministro José dirceu, as coisas passaram a acontecer de forma a encaixar a tese do terceiro mandato dentro das normas democráticas. Enquanto em público, o presidente Lula refuta a idéia, seus amigos parlamentares a defendem no Congresso. Por outro lado, mesmo sabendo que a base não tem um nome à sua altura, Lula continua correndo o país em franca campanha para eleger o seu sucessor. Depois, vem a velha desculpa: "Olha, companheiros, eu não queria, mas é o povo que quer que eu fique no poder". É a aplicação da velha tática política: criar dificuldade para vender facilidade. O governo dá esmola ao povão com o Bolsa Família e aumenta o número de eleitores para conseguir o tão sonhado terceiro mandato.
Agora, surge mais um aliado fortíssimo para a perpetuação de Lula no poder. Trata-se do apoio da parte capitalista do Governo. O vice-presidente José Alencar(foto), empresário de sucesso, que até há pouco tempo, criticava a política econômica do Governo, já defende a idéia. Nesta terça-feira, 1º de abril, em entrevista à Rádio Bandeirantes, Alencar disse que "se o povo for consultado ele vai dizer que quer o terceiro mandato de Lula". E não podemos esquecer que Alencar pertence ao partido da Igreja Universal, do senador Crivela, candidato preferido de Lula para prefeito do Rio de Janeiro. Tudo a ver.
Portanto, falta pouco para o país sofrer mais um golpe político. O Governo tem o apoio de uma massa dependente de eleitores, que não sabe reagir e nem reivindicar, tem o trabalho coordenado de uma base para defendê-lo no Congresso e, agora, também o apoio do lado capitalista do governo. Resta apenas conseguir apoio no Poder Judiciário. É a venezuelização do Brasil.
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