Já dizia o ex-governador mineiro, Magalhães Pinto: "Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou." E não é que é mesmo assim? As coisas na política mudam mais rápido do que a gente imagina.
O senador Eduardo Suplicy (PT) acaba de reforçar e dar veracidade e esse pensamento do famoso político mineiro. Acostumado a pedir prévias dentro do PT, o senador, que já enfrentou até o Lula em prévias - pedeu, é claro - vinha novamente solicitando a realização de prévias no PT paulista para definir o candidato do partido à sucessão estadual. Para reforçar a sua tese, Suplicy exibia uma lista com mais de 3 mil filiados apoiando o seu nome e também a última pesquisa do Datafolha, que o coloca com 19% de preferência junto ao eleitorado paulista, contra 13% do também senador Aloizio Mercadante, nome preferido do Lula e da cúpula petista.
No entanto, a nuvem Suplicy/pró-prévias não durou muito tempo nesse posição e já sumiu. Apesar da lista de apoiadores e da pesquisa, bastou uma reunião de 20 minutos com a direção do partido, nesta segunda-feira, para Suplicy recuar. Suplicy afirmou que mudou de ideia para atender a apelo do PT. "A direção, por consenso, prefere que eu não seja o candidato. Ser candidato com todos os membros da direção recomendando que eu abrisse mão, não teria sentido", disse Suplicy em entrevista à Folha Online.
O presidente do PT-SP, Edinho Silva, afirmou que o gesto de Suplicy foi nobre. "Ele retirou candidatura. Foi um gesto nobre. Ele reconheceu que era preciso ter unidade partidária", disse.
Segundo Edinho, o PT lançará a candidatura de Mercadante no final de abril. "O partido resolveu repetir a candidatura de Mercadante porque isso ajuda a acumular no processo eleitoral", afirmou.
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