Dilma comemora leilão do pré sal e nega "privatização"
Nesta segunda-feira, 21, em pronunciamento de oito minutos na TV, a presidente Dilma Rousseff (T), comemorou o leilão do pré sal e negou que que issoseja seja privatização do petróleo brasileiro, conforme acusa a oposição. Porém, mesmo alguns parlamentares petistas não escondem uma certa frustração com essa medida do governo, que sempre criticou o processo de privatização do governo tucano.
Em seu pronunciamento, Dilma comemorou o sucesso do leilão e disse que o fato de o mesmo ter tido a participação de apenas um consórcio e a entrega de uma proposta com o mínimo estipulado de retorno de petróleo para o governo, isso significa "uma grande conquista para o Brasil".
"O modelo de partilha que nós construímos significa também uma nova conquista para o Brasil. Com ele, estamos defendendo um equilíbrio justo entre os interesses do Estado brasileiro e os lucros da Petrobras e das empresas parceiras. Trata-se de uma parceria onde todos sairão ganhando", disse a presidente.
Segundo os especialistas, o campo de Libra, na bacia de Santos, é a maior descoberta de petróleo do país. Ele apresenta recursos recuperáveis entre oito e 15 bilhões de barris de petróleo, quase toda a reserva do Brasil após 60 anos de atuação da Petrobras.
Logo que lançou o leilão, o governo Federal esperava que o processo fosse despertar o interesse de dezenas de empresas estrangeiras e que fosse bastante concorrido. No entanto, apenas 11 empresas se habilitaram e duas não chegaram a depositar garantias, a japonesa Mitsui e a malaia Petronas. Das nove empresas habilitadas, cinco formaram o único consórcio que apresentou proposta efetiva.
Assim, o único consórcio foi formado pela Petrobras, que ficou com 40%. A estatal já tinha 30% e, ofereceu mais 10% no leilão; Shell, com 20%; Total, 20%; CNPC, 10%; e CNOOC, 10%. Essas empresas, segundo o governo, vão poder explorar, nos próximos 35 anos, um montante de óleo recuperável estimado entre 8 a 12 bilhões de barris de petróleo e 120 bilhões de metros cúbicos de óleo natural.
Protestos
Já prevendo que haveria protestos contra o leilão, realizado na sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, o governo montou um grande esquema de segurança formado pelas polícias estaduais, Polícia Federal e pelo Exército. Além dos protestos pelas ruas do Rio, o leilão foi também alvo de críticas do oposição no Congresso Nacional, em Brasília.
No final de seu pronunciamento e sem se referir às críticas ao leilão do pré sal, Dilma Rousseff
ressaltou que, dentre os muitos benefícios que o leilão trará ao povo brasileiro, 75% e 25% dos recursos serão destinados, respectivamente, para a educação e para a saúde.
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