Denunciado como réu no chamado mensalão tucano, ou mensalão mineiro, o deputado Federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) renunciou nesta quarta-feira, 19, ao mandato. A carta comunicando a renúncia foi lida na tarde de hoje por um membro da Mesa, também tucana, uma vez que Azeredo está afastado por problemas de saúde. O acusado já foi prefeito de Belo Horizonte, senador e governador de Minas Gerais.
Na carta de renúncia, Eduardo Azeredo diz que não concorda com as acusações do processo por crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Após criticar o STF (Supremo Tribunal Federal) e dizer que uma "tragédia desabou" sobre ele e sobre a sua família, Azeredo afirma que renunciou para se dedicar exclusivamente à sua defesa na Justiça.
Conforme a ação que tramita no STF, os acusados do mensalão mineiro são investigados por denúncias de desvio de dinheiro público e privado durante a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, Azeredo é acusado de desviar dinheiro de empresas públicas do estado para a sua campanha à reeleição, em 1998. Atualizados, esses valores hoje seriam em torno de R$ 9 milhões.
No último dia 7, o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Azeredo a 22 anos de prisão. Mas, com a renúncia, Eduardo Azeredo perde o foro privilegiado e seu processo poderá ser encaminhado para a Justiça de instância inferior em Minas. Mas, quem vai decidir essa questão será o relator do processo, ministro Luis Barroso.
PT X PSDB
Se por um lado a renúncia de Eduardo Azeredo deixou os tucanos mais tranquilos em termos de campanha eleitoral, o fato pegou de surpresa os petistas que ficaram irritados. Lideranças petistas, como senador Humberto Costa (PE), disse, hoje, esperar que o "tucano seja também condenado pelo STF e com o mesmo rigor que eles condenaram os petistas".
Recentemente também, ao contrário, por exemplo, do ex-presidente Lula (PT) que não cansa de negar o mensalão e criticar o STF pela condenação dos petistas, o ex-presidente FHC (PSDB), disse confiar na "lisura e imparcialidade do STF" e que se a Justiça julgar que Azeredo é culpado culpado, a única coisa a se fazer é respeitar a decisão judicial.
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