Durante a entrevista que concedeu ao jornalisa Roberto D´Avila, na Globo News, no sábado, 21, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, garantiu que não será candidato nas eleições de 2014. " Por enquanto, não. Recebo inúmeras manifestações de carinho, pedidos de cidadãos comuns para que me lance nessa briga, mas não me emocionei com essa ideia", disse Barbosa, que, no entanto, não descartou a possibilidade de ingressar na vida política nos próximos anos.
Por outro lado, Joaquim Barbosa mostrou-se que está cansado é com Supremo Tribunal Federal, onde já está há 11 anos. Aos 59 anos, Barbosa poderia ficar ainda mais 11 anos na Suprema Corte do país, quando teria que se aposentar, compulsoriamente, aos 70 anos de idade. Mas, ele garantiu que deixará o cargo até o final deste ano, quando passará a presidência da Casa para o seu desafeto, Ricardo Lewandowski, com quem travou os maiores embates durante o longo processo do mensalão, que acabou condenando 25 réus, entre políticos e empresários, e que levou para cadeia diversos membros do Partido dos Trabalhados, como o ex-ministro do governo Lula, José Dirceu.
Joaquim Barbosa disse também que o processo do mensalão o desgastou tanto física como mentalmente. "Veja que dos 11 anos que estou no STF, 7 anos me dediquei quase que exclusivamente ao estudo profundo desse processo. Foi, sem dúvida, muito desgastante", disse o ministro.
País dos conchavos
Durante a entrevista, Joaquim Barbosa faltou também sobre diversos temas, desde a sua infância na cidade mineira de Paracatu, da adolescência e estudos em Brasília, passando pelo tempo em que morou e fez doutorado na França, como também sobre eleições, corrupção, mensalão e racismo. Para Barbosa, o Brasil está entre as dez maiores democracias do mundo, porém, garantiu que aqui "os políticos e governantes tratam a política como se fosse uma brincadeira. O Brasil é o país dos conchaves. Aqui, se resolve tudo com tapinhas nas costas e eu não suporto isso", enfatizou Barbosa.
Por méritos próprios
Sobre racismo, o ministro afirmou que ele existe, sim, no Brasil e que ele mesmo já passou por constrangimento, inclusive, no próprio Supremo Tribunal Federal. Com relação à sua indicação ao STF, Barbosa disse que fica chateado quando ouve falar ou lê algo afirmando que fora indicado pela cor de sua pele e não por seu currículum. "Aproveitei todas as oportunidades que a vida me proporcionou e cheguei aqui por méritos próprios".
Mas, Barbosa reconhece também que a sua indicação fora feita como marketing político. "Algumas vezes, fui convidado para acompanhar o ex-presidente Lula ao continente africano, mas, recusei terminantemente. Primeiro, porque isso não era de tradição da Casa ministro viajar em comitiva do presidente da República. Segundo, porque percebi que aquilo era uma estratégia de marketing para os países africanos", afirmou Barbosa, dando a entender que o objetivo do ex-presidente Lula era mostrá-lo como um exemplo de negro bem sucedido no Brasil. Veja, aqui, a íntegra da entrevista: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/03/joaquim-barbosa-descarta-candidatura-nas-eleicoes-de-2014.html
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