segunda-feira, março 17, 2014

PT quer ultrapassar o PMDB no Senado

Temer, Dilma e Raupp
Vice-presidente Michel Temer, Dilma Rousseff e Valdir Raupp, líder do PMDB no Senado
As desavenças entre o PT e o PMDB, o maior partido da base governista, são motivadas não somente pela vontade de aumentar o número de ministérios em suas mãos por parte dos peemedebistas, mas, também pelo desejo de ampliar suas respectivas bancadas no Congresso Nacional, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, nesta segunda-feira, 17.  Hoje, na Câmara dos Deputados, o PT tem a maior bancada, mas, no Senado, essa maioria pertence ao PMDB, do vice-presidente Michel Temer, com 20 senadores, contra 13 do PT. A terceira bancada é do PSDB com 11 senadores.


Publicadamente, os petistas afirmam que o principal objetivo do partido nas eleições deste ano é reeleger a presidente Dilma Rousseff e aumentar o número de governadores eleitos. Só que algumas lideranças não escondem também que outro objetivo do PT é ampliar o número de senadores e, se não conseguirem a maior bancada, pelo menos aumentar o número de parlamentares para diminuir a dependência que, hoje, a Presidência da República tem do PMDB.


O desejo do PT é fazer a maior bancada, justamente, porque o partido que obtém esse feito tem também a prerrogativa de indicar o presidente da Casa, que hoje é o senador Renan Calheiros (AL). Para os petistas, caso o partido venha a obter a maioria, o nome para presidir a Casa seria o do senador Jorge Viana (PT-AC). Assim, além de ficar com a Presidência, o PT teria também maior espaço nas Comissões Permanentes, que são decisivas também nas votações de matérias importantes do Executivo.


E para ampliar a sua bancada no Senado, o PT aposta em nomes como do atual governador da Bahia Jaques Wagner, do ex-deputado Paulo Rocha (PA), que em 2012 foi absolvido no processo do mensalão pelo STF, e de Cláudio Vignatti (SC).


Por outro lado, o PMDB, além de lutar para aumentar a sua bancada na Câmara dos Deputados, quer também manter a sua maioria folgada no Senado, que vem, praticamente, desde 2001. Nesse período, só houve uma interrupção, em 2007, quando Renan Calheiros renunciou ao mandato. Neste ano, o PMDB pretende também ampliar o número de governadores eleitos. Pra isso, o partido já lançou candidaturas próprias em diversos estados, como em São Paulo, onde concorrerá com o empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 


Impasse
E mesmo com a nomeação de novos ministros, a crise entre PT e PMDB ainda não deu sinal de que esteja próximo do fim. Hoje, para demonstraremr que estão insatisfeitos com a Presidência da República e que não foram contemplados com a essa mini reforma ministerial, os líderes peemedebistas da Câmara não compareceram à posse dos novos ministros, no Palácio do Planalto. 


O líder do PMDB na Câmara e um dos pivôs da crise, Eduardo Cunha (RJ) não esteve presente, mesmo com a nomeações de ministros de seu partido. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), também não compareceu à solenidade. Ele preferiu ficar em seu estado, onde participou do 1º encontro estadual do Solidariedade, partido que faz oposição ao governo Federal.


Tentando justificar a ausência dos correligionário e minimizar a crise, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou: “O presidente Henrique Alves não estava aqui hoje porque tinha compromissos no estado. Ele é pré-candidato a governador do Rio Grande Norte. Mas tinha muito senador aqui”, disse Eunício Oliveira.


Acompanhe Renato Ferreira também no Quintal da Notícia: www.quintaldanoticia.com.br 
pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira 
e no Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira 

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->