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Torcidas de todo o mundo se confraternizam com os brasileiros de norte a sul do país |
Nestas primeiras rodadas da Copa do Mundo no Brasil, podemos constatar o espírito de cordialidade dos brasileiros. Mais de 600 mil turistas estarão no país durante o Mundial e, felizmente, o que estamos vendo nos estádios e nas ruas é a confraternização de brasileiros e estrangeiros de todos os continentes. Uma festa global, bem diferente, infelizmente, do que estamos acostumados a ver nos estádios do Brasil durante as competições nacionais e até mesmo nos jogos da Copa Libertadores da América.
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Esses chilenos, que tentaram invadir o Maracanã, terão 72 horas para deixar o Brasil |
Nesse clima de festa entre as torcidas, os únicos que destoaram foram algumas dezenas de chilenos, nesta quarta-feira, 18, no Rio de Janeiro. Antes do jogo, onde o Chile ganhou e despachou a campeã Espanha, um grupo de chilenos tentou invadir o Maracanã. Mas, a segurança funcionou. Segundo a Polícia Federal, 85 chilenos foram detidos e têm, agora, 72 horas para deixar o Brasil. Anteriormente, antes do jogo Brasil e México, um traficante mexicano, procurado pela Interpol, foi detido no Rio de Janeiro, quando tentava embarcar com a família para Natal, local da partida.
Assim, esperamos que um dos legados da Copa do Mundo seja, exatamente, esse clima de cordialidade e de amizade. Na abertura da Copa, no Itaquerão, um grupo de torcedores manchou essa página. As vaias e os xingamentos à Presidente Dilma Rousseff não condizem com o espírito festivo dos brasileiros e, muito menos, com esse clima de festa que estamos vendo nas ruas do país. Mas, por favor, sem esse negócio de que as vaias e xingamentos partiram das "elites brancas de São Paulo", a não ser que quem programou a Copa para o Brasil, a programou somente para a elite. Futebol é uma paixão nacional e as mesmas vaias, como os xingamentos, aconteceram também em Manaus e em Cuiabá, mesmo sem a presença da Dilma. O próprio secretário-geral da Presidência da República, o ministro Gilberto Carvalho, reconhece que as vaias não são apenas das "elites e dos ricos".
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2014/06/18/interna_politica,433451/nao-tinha-so-elite-branca-no-itaquerao-diz-gilberto-carvalho.shtmlwww.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2014/06/18/interna_politica,433451/nao-tinha-so-elite-branca-no-itaquerao-diz-gilberto-carvalho.shtml
Portanto, esperamos que após o dia 13 de julho, quando termina a Copa do Mundo e os estádios do país voltarão a receber os jogos do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores, possamos continuar nesse clima de festa e não de guerra entre as torcidas brasileiras.
Esperamos que os estádios brasileiros voltem a ser um local, onde as famílias poderão ir para se divertir e torcer pelos seus times como faziam antigamente. Que a Copa do Mundo no Brasil possa deixar aqui esse clima de cordialidade, como também a lição de cidadania e de educação que os japoneses mostraram no Recife, quando após o jogo entre Japão e Costa do Marfin, e mesmo com derrota do Japão, eles começaram a limpar a Arena Pernambuco.
Esperamos, portanto, que após a Copa, possamos iniciar um novo ciclo nas praças de esportes de todo o país e joguemos na lixeira as imagens de agressões, violência e mortes tão frequentes em nossos estádios.
Torcemos para que a Seleção Brasileira melhore a cada jogo, que se classifique para as oitavas de final e conquiste o hexacampeonato. Mas, mesmo que isso não aconteça, mesmo que o nosso time perca para alguma seleção melhor, dentro de campo, possamos aprender tantas lições que estamos vendo nesses dias de festa mundial em nosso país. (Renato Ferreira)
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